Demanda mundial de aço deve subir menos de 2% em 2018, diz Worldsteel
(Atualizada às 10h38) A demanda global de aço em 2018 deve crescer 1,8% em comparação com o ano passado, para 1,616 bilhão de toneladas, de acordo com a World Steel Association (Worldsteel), que reúne 160 siderúrgicas em mais de 60 países, responsáveis por 85% da produção mundial do insumo.
Neste ano, a expansão deve ser garantida principalmente pelas economias emergentes, já que a China, maior produtor mundial do insumo, deve assistir à desaceleração de seu produto interno bruto (PIB).
Para 2019, a Worldsteel projeta demanda global de aço de 1,627 bilhão de toneladas, alta de 0,7%.
As projeções foram divulgadas nesta terça-feira (17) pela entidade no documento "Short Range Outlook (SRO)", que geralmente é publicado nos meses de abril e outubro.
De acordo com o presidente do comitê econômico da Worldsteel, T.V. Narendran, a economia global deve permanecer favorável às siderúrgicas entre 2018 e 2019, com o elevado grau de confiança impulsionando a recuperação nos níveis de investimento nas economias avançadas.
"Contudo, possíveis impactos adversos provenientes da escalada de tensão comercial e prováveis movimentos nas taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa podem corroer esse cenário", afirmou, no documento.
China
A China deve experimentar demanda estável pelo insumo em 2018 e verificar uma retração de 2% em 2019, diante da desaceleração na construção civil, segundo a Worldsteel.
Em 2017, os estímulos do governo trouxeram algum fôlego a essa atividade, mas os investimentos continuaram perdendo dinâmica. Neste ano e no próximo, com a ligeira desaceleração esperada para o PIB do país, esses investimentos devem perder ainda mais ritmo.
O setor de máquinas chinês, por sua vez, deve permanecer positivo na esteira do fortalecimento da economia global, enquanto a indústria automotiva e a de eletrodomésticos deve desacelerar.
Nas economias desenvolvidas, a demanda de aço deve subir 1,8% neste ano e 1,1% em 2019, conforme a associação. Na União Europeia, o crescimento esperado é de 2% neste ano e 0,8% no próximo, para 165,6 milhões de toneladas e 166,9 milhões de toneladas, respectivamente.
No Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte), o consumo deve subir 3% em 2018, para 145 milhões de toneladas, e 1,6% em 2019, a 147,3 milhões de toneladas no próximo ano.
Nos Estados Unidos, aponta a Worldsteel, a demanda por produtos siderúrgicos permanecerá robusta na esteira de fundamentos econômicos positivos, tais como forte consumo e investimento.
Nas economias emergentes, por sua vez, a recuperação econômica deve se refletir em ganhos importantes para o setor siderúrgico. A associação projeta alta de 4,9% no consumo de aço em 2018 e de 4,5% em 2019. "A retomada suave na Rússia e no Brasil deve se manter", indica.
Para a América do Sul e América Central, a entidade prevê crescimento de 6,2% na demanda em 2018, a 43,5 milhões de toneladas, e 4,9% no ano seguinte, para 45,6 milhões de toneladas.
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