Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Todos a Bordo

38 cachorros morrem em voo que levava 500 buldogues franceses para o Canadá

Filhotes de cães da raça buldogue francês - Emmanuel Dunand/AFP
Filhotes de cães da raça buldogue francês Imagem: Emmanuel Dunand/AFP

Vinícius Casagrande

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/06/2020 15h56

Um voo da Ukraine International Airlines (UIA) entre Kiev (Ucrânia) e Toronto (Canadá) deixou 38 cães mortos. O voo transportava cerca de 500 filhotes da raça buldogue francês que seriam vendidos no Canadá. A companhia aérea e a Agência Canadense de Inspeção Alimentar afirmaram que abriram uma investigação para apurar o caso.

Além dos 38 cães mortos, a agência canadense afirmou que outros filhotes também apresentavam problemas de saúde no momento do desembarque. "Na chegada, muitos dos cães estavam sofrendo de desidratação, fraqueza e vômito. Quando o voo foi inspecionado, verificou-se que 38 estavam mortos", afirmou, em nota.

A companhia aérea afirmou que está colaborando com as investigações para descobrir o que causou a morte dos 38 filhotes. "Todos na UIA oferecem suas condolências pela trágica perda de vida animal em nosso voo. A UIA está trabalhando com as autoridades locais para determinar o que aconteceu e fazer as alterações necessárias para impedir que essa situação ocorra novamente", afirmou a empresa em nota publicada em uma rede social.

Buldogue francês tem mais risco

Os animais foram transportados no porão de cargas do avião, um Boeing 767-300, em caixas de transporte individuais. O voo entre Kiev e Toronto teve duração de nove horas e 49 minutos, entre decolagem e pouso, sem considerar o tempo necessário para o embarque e desembarque dos animais.

Não há informação sobre como foi feita a alimentação dos animais durante o longo período de transporte entre a Ucrânia e o Canadá.

Além do tempo de viagem, havia o agravante de que os cães da raça buldogue francês são animais braquicefálicos. São cães de focinho curto e que, por isso, tendem a apresentar mais problemas respiratórios. Por conta disso, muitas companhias aéreas proíbem o transporte de cães de raças braquicefálicas no porão do avião.

A quantidade de cães em um único voo também gerou controvérsias. Na maioria das companhias, há um limite para o transporte de apenas dois cães no porão dos aviões a cada voo.

Agência investiga o caso

A Agência Canadense de Inspeção Alimentar afirmou que investigação deve apurar o que causou a morte dos 38 filhotes e o que pode ser alterado na regulação do país para evitar que novos casos aconteçam no futuro.