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Até prédios em excesso podem causar turbulência em avião; veja 7 causas

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Vinícius Casagrande

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/10/2020 04h00

A turbulência é o principal incômodo durante uma viagem de avião. Esse balanço é, geralmente, associado ao clima ruim, como chuva forte ou muitas nuvens. Mas esse é apenas um dos fatores.

O relevo ou até quantidade de prédios de uma cidade podem causar turbulência. Em muitos casos, os radares do avião conseguem prever, mas em outros ela surge de repente. É por isso que é bom estar com o cinto de segurança sempre afivelado.

A atmosfera é considerada turbulenta quando há uma irregularidade no movimento do fluxo de ar. Ao passar por uma área com essa instabilidade, a reação do avião é similar à de um carro numa estrada esburacada. Apesar do incômodo, os aviões são projetados para suportar todos esses esforços com folga.

Veja as principais causas de turbulência:

Turbulência térmica

É causada pelas variações de temperatura. Produzem fortes correntes verticais de ar, dentro e fora das nuvens. São mais intensas nos dias de calor e, por isso, são mais comuns durante o verão, à tarde e sobre o continente. É um tipo de turbulência que pode ser prevista pelo piloto apenas olhando o estado da atmosfera, já que há a formação de nuvens do tipo cumulus.

Turbulência orográfica

É provocada pelo ar que sopra na encosta de montanhas e cordilheiras. É mais intensa de acordo com a velocidade do vento e altura do relevo. Esse tipo de turbulência é bastante comum quando se viaja ao Chile, por exemplo, no momento em que o avião cruza a Cordilheira dos Andes.

Turbulência mecânica de solo

É semelhante à turbulência orográfica, mas causada pelos edifícios de uma cidade, que podem provocar desvios no fluxo horizontal do ar atmosférico. Quanto maior a altura dos prédios e a velocidade do vento, maior será o efeito da turbulência. Para os aviões comerciais, o efeito é bem pequeno, mas pode ter um grande impacto para o voo dos helicópteros.

Turbulência frontal

É causada pela ascensão do ar quente. Quanto mais quente, úmido e instável estiver o ar, maior a intensidade da turbulência. As mais severas estão associadas às frentes frias rápidas, mas podem ocorrer associadas a qualquer sistema frontal.

Turbulência de céu claro

Ocorre em dias limpos, sem nenhuma nuvem por perto, o que a torna quase impossível de ser prevista. Está presente em altitudes elevadas e é causada pelos correntes de jato, grandes corredores de vento que chegam a mais de 100 km/h. No inverno e sobre o continente, a corrente de jato é mais intensa, causando a turbulência de céu claro com mais frequência e intensidade.

Cortante de vento

Conhecida também como tesoura de vento, ocorre quando existe variação na velocidade ou na direção do vento em um espaço curto. Ocorre de forma repentina e é uma das mais perigosas, pois pode atingir o avião na aproximação final para pouso, quando já está em baixa altura. Está associada, normalmente, às trovoadas, mas pode ocorrer também relacionada às frentes, brisa marítima, onda orográfica ou inversão de temperatura.

Esteira de turbulência

Quando um avião se desloca, ele deixa um ar todo revirado atrás. Não é possível ver a olho nu, mas é o mesmo efeito causado pelos barcos na água. Quanto maior a aeronave, maior a esteira de turbulência que ela deixa para trás. Esse é um dos motivos pelos quais os aviões precisam ter uma distância mínima em voo. Os aviões de pequeno porte são os mais afetados com esse efeito.