A maioria dos aviões foi desenvolvida para uso civil no decorrer das décadas. Entretanto, alguns desses modelos acabaram sendo aproveitados para uso militar.
Seja em missões mais tranquilas, como reconhecimento, até mesmo para situações de combate, os fabricantes encontraram caminhos para converter aeronaves de tempos de paz em máquinas de guerra.
Com isso, além de serem aproveitados modelos já consolidados e confiáveis, o tempo de desenvolvimento e de testes cai significativamente, tendo em vista que não é preciso elaborar o avião do zero. Adaptar essas máquinas também gera economia, tendo em vista que grande parte das peças pode ser encontrada com mais facilidade no mercado, uma vez que essas aeronaves militarizadas derivam de modelos comerciais.
Veja a seguir alguns aviões comerciais que foram convertidos para uso militar:
Electra II -- P-3 Orion
O avião comercial L-188, o Electra II, foi um sucesso na ponte aérea Rio-São Paulo entre as décadas de 1970 e 1990. Com capacidade para até 100 passageiros (dependendo da configuração escolhida pelo operador), ele continua voando até os dias atuais com sua variante militar, o P-3 Orion.
Derivado da versão comercial do L-188, o Orion realiza patrulhamento marítimo. No Brasil, a FAB (Força Aérea Brasileira) opera a variante P-3 AM Orion, responsável por vigiar o litoral brasileiro e integrar a chamada guerra antissubmarino.
Esses aviões militarizados transportam um profissional chamado operador acústico, responsável por escutar embarcações que estejam embaixo d'água. Por meio de sondas que são lançadas no mar, ele consegue identificar a localização e o tipo de submarino ou barco apenas pelo som que ele emite, além de escutar animais como camarões, golfinhos e baleias.
Boeing 737 -- P-8 Poseidon
O Boeing 737, um dos jatos comerciais mais vendidos do mundo, também tem uma adaptação para operação militar. Sua estrutura deu origem ao P-8 Poseidon, desenvolvido para a Marinha dos Estados Unidos.
Ele também é utilizado para patrulha marítima, como o P-3 Orion, e sua velocidade pode chegar a 907 km/h. Em seu interior, é possível levar sete tripulantes responsáveis pela missão de monitoramento e ataque, além de dois pilotos.
Boeing 707 -- E-3 Sentry
O antecessor do famoso 737, o Boeing 707 Tinha capacidade para até 166 passageiros, e foi um dos favoritos à sua época. A sua versão militar foi batizada de E-3 Sentry, um modelo de Sistema Aéreo de Alerta e Controle, da sigla em inglês AWAC.
Na parte de cima da fuselagem foi instalado um domo com um radar giratório que tem a finalidade de identificar outras aeronaves a uma distância de até 322 quilômetros. Sua operação teve início em 1977, e a fabricação foi encerrada em 1992, com a introdução de outros modelos no mercado.
Embraer ERJ 145 -- E-99
O ERJ 145, da Embraer, é um avião comercial com capacidade para até 50 passageiros, e teve seu voo inicial em 1995, um ano após a privatização da empresa. Seu nome se refere à sigla Embraer Regional Jetliners (Jatos Regionais Embraer, em tradução livre).
A FAB opera tanto uma versão de transporte de passageiros quanto uma de patrulha, com a denominação E-99. Na parte de cima de sua fuselagem, o avião militarizado têm uma antena de radar, e este modelo consegue voar a uma altitude de até 9.144 metros.
Air Tractor 802A -- AT-802U
Considerado o maior avião agrícola do mundo, o Air Tractor AT-802A também ganhou uma versão militar. No modelo civil, a aeronave é dedicada à pulverização de lavouras, e tem capacidade de transportar até 4.195 kg, ou 3.028 litros de materiais a serem dispersados em voo.
Seu irmão militar, o AT-802U é uma aeronave que pode cumprir diversas missões, e ainda comporta a capacidade de atacar alvos. Sua velocidade máxima é de 394 km/h, e ele pode carregar metralhadora e mísseis, bem diferente da função do modelo civil que o originou.
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