Educação empreendedora deve abrir diferentes possibilidades para os jovens
Este ano está sendo atípico em termos do número de eventos de que tenho notícia ou de que tenho participado sobre educação para o empreendedorismo.
A começar do Encontro Nacional de Educação Empreendedora, promovido pelo Sebrae Nacional em maio, e que reuniu professores, pesquisadores, políticos, representantes de órgãos públicos e da educação nos diversos níveis, empreendedores e até convidados de outros países.
Na semana passada, foi a vez do Fórum Internacional em Empreendedorismo com a presença de Luis Jacques Filion, professor e pesquisador do Canadá, organizado pela Anegepe (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas) e apoio da Uninove.
Nesta semana moderei, na ESPM, um painel de debates sobre educação Empreendedora com cinco profissionais de renome e que representavam ou foram de instituições como Unifei, Senac, Faap, Insper, Cietec e Instituto Gênesis, da PUC RJ.
No início de setembro é a vez do 1º Encontro Alagoano de Educação Empreendedora, numa organização conjunta entre a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (SEPLANDE/AL) e o Fempe (Fórum Estadual das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
E, em outubro será a vez da 4ª Rodada de Educação Empreendedora Brasil (REE BR), evento nascido da Universidade Stanford, mas feito independentemente pelos esforços conjuntos da Endeavor e do Sebrae.
Isto atesta a importância que está sendo dada ao fomento desta educação, nos diversos níveis de ensino, focando o empreendedorismo entre nossos jovens.
Mas, cabe discutir sobre os significados atribuídos à educação empreendedora (EE).
Há uma diversidade deles: desde conscientizar para a carreira empreendedora, desenvolver atitudes, habilidades – competências empreendedoras, estimular a abertura de negócios (lucrativos ou sociais), incentivar a inovação e o empreendedorismo tecnológico, fomentar o desenvolvimento local ou capacitar professores e agentes da EE.
Precisamos ter clareza do que estamos propondo e falando para que o jovem ao ser envolvido por esta educação, tenha as suas possibilidades ampliadas, que ele perceba que as atividades ou cursos oferecidos vão ajudá-lo a construir seu plano de vida, mostrando diferentes alternativas.
Há que se ter muito cuidado para que o jovem não venha a entender que o comportamento empreendedor desejado é apenas o de abrir uma empresa.
Afinal, o objetivo mais amplo da EE seria o de ajudar a colocar o potencial dele em ação, e esta ação empreendedora pode se dar em diferentes contextos e ambientes.
Ele ou ela pode escolher ser alguém que persegue sonhos, que tem projetos e se engaja na realização deles na sua vida, em sua comunidade, ou no seu grupo religioso.
Eles também podem eleger o caminho de ser um funcionário intraempreendedor, que percebe e se envolve com a concretização de oportunidades e de inovar.
Ou também podem construir uma organização para sanar necessidades sociais. Ou ainda vislumbrar o caminho público e lutar por transformações e implementação de projetos que beneficiam a população. Podem acalentar o desejo e direcionar seus talentos para um negócio.
Pequeno, familiar, criativo ou de alto impacto. O importante é que não se sintam empurrados apenas para a opção de gerar empresas.
Assim, a maior contribuição da EE é a de auxiliar a desabrochar projetos –pessoais ou organizacionais, e que os jovens possam se sentir realizados com a opção e o rumo que tomaram. Pois, estarão livres para identificar o projeto que mais tem a ver com vocês.
Você jovem não tem que se encaixar em nenhum modelo pré-fixado de empreendedor. Certamente haverá um projeto que mais se adequa ao seu perfil e a suas ambições, por meio do qual possa encontrar a sua missão e dar a sua melhor contribuição para a sociedade.
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