Maioria das ações de Eike passa a subir; OGX continua desabando
Quatro das seis ações das empresas do grupo EBX, de Eike Batista, passaram a operar em alta na Bovespa nesta quarta-feira (3).
Por volta das 14h30, a ação da petrolífera OGX (OGXP3) recuava 13,33%, a R$ 0,39, menor valor da história para a ação da empresa.
A empresa de logística LLX (LLXL3) virou e passou a operar em alta de 3,8%. A a mineradora MMX (MMXM3) subia 10%.
Outras empresas de Eike não fazem parte do Ibovespa, o principal índice da Bolsa. A OSX (OSXB3), de construção naval, subia 5,36%%; a MPX (MPXE3), de energia, tinha alta de 0,46%; e a CCX (CCXC3), de mineração de carvão, caía 2,9%.
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CVM investiga OGX; agências vêem risco de calote
O que aprofundou a crise nas ações da OGX foi o comunicado, na segunda-feira, da suspensão de vários projetos de extração de petróleo por falta de estrutura técnica para as operações.
Desde então, pelo menos quatro bancos cortaram suas expectativas de preço para a ação da empresa, a até R$ 0,10 em um ano. Nesta quarta, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou que está investigando a petrolífera por falhas na divulgação de informações sobre suas reservas de petróleo.
Além disso, duas agências de classificação de risco, a Standard & Poor's e a Moody's, já alertaram para o risco de calote por parte da OGX. Em junho, a Fitch também já tinha rebaixado a nota de crédito da empresa.
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Em um ranking da empresa de gestão de risco Kamakura, a OGX passou a figurar como a terceira empresa do mundo com maior ameaça de calote aos credores.
No fim de maio, Eike reduziu sua participação na OGX de 61,09% para 58,92%, vendendo cerca de 70,5 milhões de suas ações na Bolsa por um preço médio de R$ 1,73 por papel.
Ações de Eike enfrentam crise no mercado
As seis empresas do bilionário listadas em Bolsa (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX) enfrentam uma séria crise no mercado, com o receio de investidores. As ações das empresas têm grandes oscilações cada vez que um novo boato ganha repercussão.
O valor de mercado das empresas de Eike teve uma queda de R$ 109 bilhões, do melhor momento das empresas na Bolsa de Valores até a cotação do fechamento da última quinta-feira (27), segundo levantamento do jornal "Valor Econômico".
Eike pode perder controle de grupo de empresas
Com o império em crise, o bilionário Eike Batista pode perder o controle do grupo EBX. Em uma reportagem especial sobre as perdas das empresas do brasileiro nos últimos meses, o jornal norte-americano "The New York Times" afirma que, com o aumento das dívidas do grupo, os principais credores (grandes bancos) "poderiam levá-lo a uma reestruturação que poderia lhe custar o controle das companhias".
Ainda de acordo com o "NYT", as dificuldades do bilionário refletem o momento atual da economia brasileira, com a reversão de expectativas dos investidores internacionais. (Clique aqui e leia o texto na íntegra)
(Com Reuters)
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