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Bovespa cai mais de 3%, maior baixa em sete meses; Petrobras despenca 5,8%

Do UOL, em São Paulo

03/02/2014 17h47Atualizada em 03/02/2014 18h17

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 3,13% nesta segunda-feira (3), aos 46.147,52 pontos. É a maior queda percentual diária desde 2 de julho, quando o índice teve desvalorização de 4,24%. 

Com isso, a Bolsa atinge a menor pontuação desde 12 de julho de 2013, quando fechou aos 45.533,24 pontos. 

No ano, a Bolsa acumula prejuízo de 10,41%. A Bolsa acumulou perdas de 7,51% no mês passado, terceiro mês seguido de baixa, e no pior desempenho para janeiro desde 1995.

Todas as ações caem; Petrobras tomba quase 6%

Todas as 72 ações que compõem o Ibovespa fecharam em baixa. A Vale e a Petrobras, que têm grande peso no Ibovespa, foram as quedas mais expressivas. 

As preferenciais da Petrobras (PETR4), que foram as mais negociadas da Bolsa e tiveram a segunda maior desvalorização, caíram 5,78%, a R$ 13,85; as preferenciais dão prioridade na distribuição de dividendos. A ordinárias da estatal (PETR3), que dão direito a voto, perderam 4,87%, a R$ 13,10. 

"O dinheiro de estrangeiros está saindo da Bolsa; até o dia 30 (de janeiro) saiu quase R$ 1 bilhão. Nessa hora de mercados emergentes pressionados, papéis com maior liquidez como Petrobras e Vale acabam sentindo mais, pois é a forma de sair mais rápido (da Bolsa)", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira à agência de notícias Reuters.

As preferenciais da Vale (VALE5) recuaram 3%, a R$ 29,10; as ordinárias (VALE3) tiveram perdas de 2,78%, a R$ 32,13.

Ações de destaque da Bovespa

A construtora e incorporadora Gafisa (GFSA3) liderou as perdas da Bovespa, com desvalorização de 6,84%, a R$ 2,86.

As preferenciais da Petrobras apareceram em seguida. As ações da companhia de ensino privado Anhanguera Educacional (AEDU3) tiveram baixa de 5,67%, a R$ 11,98.

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) (SBSP3) teve a quarta maior queda, de 5,21%, a R$ 21,10.

A empresa anunciou que dará descontos de 30% na conta de água para os clientes que reduzirem o consumo médio de água, após o Sistema Cantareira ter atingido um nível crítico com calor recorde e falta de chuvas. 

Nenhuma ação do Ibovespa fechou em alta.

Dólar avança 1% e volta a passar de R$ 2,43, maior valor desde agosto

dólar comercial fechou em alta de 1,02% nesta segunda-feira, a R$ 2,437 na venda. É o maior valor desde 21 de agosto de 2013, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 2,451. 

A moeda norte-americana terminou janeiro com alta de 2,33%, em seu quarto mês seguido de valorização.

Os negócios movimentaram US$ 770 milhões no dia, segundo dados da BM&F. O valor foi bem abaixo da média diária apurada em janeiro, de US$ 1,5 bilhão.

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Bolsas internacionais

As ações europeias fecharam ao menor nível em um mês e meio nesta segunda-feira. A queda foi puxada por dados que mostraram que a economia chinesa perdeu fôlego e por crescentes preocupações com o impacto das turbulências nos mercados emergentes sobre as empresas.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais ações do continente, recuou 1,41%, a 1.272 pontos. É o menor nível de fechamento desde 18 de dezembro, quando terminou em 1.259 pontos.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,69%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,29%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,39%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,63%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 1,96%. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,4%.

Na Ásia, algumas das principais Bolsas não operaram, por causa de um feriado. As que operaram fecharam em queda. O Japão foi destaque da região, perdendo 1,98%; a Bolsa da Coreia do Sul teve baixa de 1,09%; Cingapura perdeu 1,2%; e Sydney fechou quase estável, com leve queda de 0,04%. As Bolsas da China, Hong Kong e Taiwan não funcionaram.

Os investidores continuam preocupados com os riscos de diminuição de investimentos nos países emergentes. Por isto, estão atentos aos dados sobre a economia global que devem ser publicados nesta semana.

(Com Reuters)