Após passar de R$ 2,50, dólar cai e fecha a R$ 2,462
A última sessão dos mercados antes do primeiro turno das eleições foi agitada nesta sexta-feira (3). Ao longo do dia, o dólar comercial chegou a passar de R$ 2,50 pela primeira vez desde 2008, mas fechou em queda de 1,2%, a R$ 2,462 na venda.
Na semana, a moeda norte-americana conseguiu amenizar a alta, mas ainda fechou com valorização de 1,9%. No ano, os ganhos até agora são de 4,42%.
Os investidores continuavam de olho no cenário político, monitorando as últimas pesquisas eleitorais, que mostram a atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, à frente nas intenções de voto.
Segundo investidores ouvidos pela agência de notícias Reuters, Dilma é alvo de críticas nos mercados financeiros. Seu avanço nas pesquisas eleitorais tem elevado o dólar nas últimas semanas
Cenário internacional
Uma alta do dólar generalizada pôde ser vista nos mercados internacionais, depois da divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos. A taxa de desemprego em setembro foi a mais baixa em seis anos, de 5,9%.
Isso aumenta a preocupação dos investidores de que o BC do país possa decidir começar a subir os juros, que atualmente estão no menor patamar histórico.
Com juros mais altos, investimentos nos EUA voltam a ser mais atrativos, já que o país é considerado um destino seguro pelos investidores. Os recursos atualmente aplicados em países emergentes, como o Brasil, poderiam migrar para lá.
O que fazer se precisa de dólar?
Com a alta recente do dólar, a situação ficou apertada para quem precisa da moeda para viajar.
A dica dos especialistas Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, Mauro Calil, consultor da Academia do Dinheiro. e Nelson Gasparian, diretor da Cotação Corretora, é comprar tudo antes que a moeda suba mais.
Se o prazo da viagem for maior, porém, é possível ir comprando aos poucos, mas eles alertam: a tendência da moeda é de alta.
Leilões do BC
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções no mercado de câmbio, vendendo todos os 4.000 contratos ofertados de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.
Foram vendidos 2.110 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e 1.890 contratos com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 196,9 milhões.
Além disso, o BC vendeu a oferta total de até 8.000 swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro.
Foram vendidos 3.500 contratos para 3 de agosto de 2015, e 4.500 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 392,8 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 1,18 bilhão, ou cerca de 13% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como tem feito nos últimos lotes, o banco vai conseguir estender o vencimento de praticamente todo o volume de novembro.
(Com Reuters e Valor)
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