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Bolsa acelera queda no fim do dia e perde 2,45%; Petrobras tomba 6,75%

Do UOL, em São Paulo

29/10/2014 17h49Atualizada em 29/10/2014 17h58

As ações da Petrobras caíram quase 7% nesta quarta-feira (29) e puxaram a queda do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, de 2,45%, a 51.049,32 pontos. A Bolsa acelerou a queda no fim do dia.

As ações ordinárias da estatal (PETR3), com direito a voto, perderam 6,75%, a R$ 13,53. As preferenciais (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 6,72%, a R$ 14,02. 

Na véspera, a Bolsa havia subido 3,62%, e as ações preferencias da Petrobras, 5,18%.

As ações dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil também tiveram quedas expressivas nesta sessão. Assim como a Petrobras, os bancos têm grande peso sobre o Ibovespa. 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia seguido, de 0,23%, cotado a R$ 2,468 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,94%.

Preço da gasolina interfere na Petrobras

As ações da Petrobras foram influenciadas por expectativas sobre reajuste do preço da gasolina e do diesel. A estatal disse que não há, no momento, decisão sobre o assunto.

A declaração foi feita em um comunicado ao mercado, em resposta a questionamento após divulgação de uma reportagem pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, na véspera, que dizia que a estatal pretendia anunciar "em breve" um aumento dos combustíveis.

Além disso, o Goldman Sachs cortou a recomendação das ações de "compra" para "neutra", e também reduziu a estimativa de preço dos papéis.

Bancos fecham em queda

O Bradesco (BBDC4) perdeu 3,95%, a R$ 33,76, e o Itaú Unibanco (ITUB4) teve desvalorização de 2,89%, a R$ 32,92. O Banco do Brasil (BBAS3) teve perdas de 2,64%, a R$ 25,46. 

BC dos EUA encerra programa de estímulos

A Bolsa brasileira também foi influenciada pela decisão -já esperada- do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, de encerrar seu programa de estímulos econômicos, que estava em US$ 15 bilhões por mês. O BC vinha reduzindo a compra de títulos progressivamente desde dezembro do ano passado. No auge, o programa colocava na economia US$ 85 bilhões por mês.

O Fed anunciou também a manutenção da taxa básica de juros entre zero e 0,25%, patamar mantido desde 2008. O BC também manteve sua linguagem básica de comunicados recentes, afirmando que a taxa permanecerá baixa por um "tempo considerável" após o final das compras de títulos neste mês.

O tom do texto, no entanto, é mais otimista que o do último comunicado, divulgado em setembro. 

Bolsas internacionais 

As Bolsas de Valores da Europa fecharam sem uma tendência definida nesta quarta-feira. O mercado de ações da Inglaterra avançou 0,81%, e o da Alemanha subiu 0,16%.

No sentido oposto, a Bolsa da Itália teve desvalorização de 1,64%, a da Espanha registrou baixa de 1,41%, e a de Portugal recuou 0,82%. França fechou praticamente estável, com leve queda de 0,05%.

Na Ásia e no Pacífico, a Bolsa da Coreia do Sul fechou com ganhos de 1,84%; Xangai, na China, teve alta de 1,5%; a de Taiwan subiu 1,48%. O Nikkei, do Japão, avançou 1,46%, e Hong Kong ganhou 1,27%.

A Bolsa de Cingapura subiu menos, 0,39%. No Pacífico, o índice australiano foi na contramão, fechando praticamente estável, com leve queda de 0,09%. 

(Com Reuters) 

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