Bovespa salta 5%, maior alta em 3 anos, e dólar cai 2%, a R$ 2,522
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, saltou 5,02%, aos 56.084,04 pontos nesta sexta-feira (21). É a maior alta diária em mais de três anos, desde 9 de agosto de 2011, quando a Bolsa subiu 5,10%. No acumulado da semana, a Bolsa ganhou 8,33%.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) dispararam 11,89%, a R$ 14,30. Papéis preferenciais têm prioridade no recebimento de dividendos.
O dólar comercial fechou em queda de 2,05%, a R$ 2,522 na venda. Durante o dia todo, a moeda ficou no negativo, acelerando a queda depois que o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou que o novo ministro da Fazenda deve ser o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy.
Dólar em queda e Bolsa em alta significa em geral uma situação de tranquilidade no mercado -houve mais entrada da moeda do que saída, indicando confiança de investidores. Quando ocorre o inverso, significa que os investidores estão saindo do mercado, levando dólares, reduzindo a oferta (o que faz a cotação da moeda subir).
Segundo a agência de notícias Reuters, o mercado avalia que a presidente Dilma Rousseff estaria mais aberta a mudanças em sua política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.
"Ela [a presidente Dilma] percebeu que vai ter que chamar alguém para botar ordem na casa", disse o superintendente de derivativos da CGD, Jayro Rezende, ressaltando que o mercado vai buscar sinais de que essa postura será adotada de forma duradoura, e não apenas como uma solução de curto prazo.
Apesar da recusa do residente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em assumir a Fazenda, os investidores teriam entendido que, ao buscar um profissional com perfil mais pró-mercado, a presidente já teria se convencido de que mudanças na atual política econômica são necessárias.
A queda do dólar no mercado doméstico também acompanhou o movimento da moeda em outros mercados, após a China cortar sua taxa básica de juros pela primeira vez em mais de dois anos. Segundo analistas, a decisão aumenta a atratividade de ativos de países como o Brasil.
"O cenário doméstico e o internacional estão favoráveis hoje, abrindo espaço para um alívio relevante", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
(Com Reuters)
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