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Veja 7 erros que cometemos antes dos 40 anos e que estragam nossas finanças

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/08/2017 04h00

Que tal chegar aos 40 anos de idade com as finanças em dia, experiência profissional, uma vida confortável e um bom pé de meia para a aposentadoria?

Para isso, é bom evitar alguns erros, segundo os especialistas Fernando Marcondes, planejador patrimonial do Grupo GGR, Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), e Thiago Alvarez, sócio do GuiaBolso. Confira quais são:

1) Não se planejar para o futuro 

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Imagem: Getty Images/iStockphoto/ Salapao2u

O maior erro é não se preparar para o futuro, partindo do pressuposto de que sempre terá uma saúde inabalável e nunca irá parar de trabalhar. Contar apenas com a aposentadoria do INSS não é uma boa estratégia, pois as reformas tendem a dificultar o acesso à aposentadoria e reduzir o valor do benefício.

"Quem começar a economizar para a aposentadoria aos 20 anos, quando chegar aos 40 irá se beneficiar de 20 anos de dinheiro acumulado", diz Alvarez.

Ele afirma que o ideal é chegar aos 40 anos com uma reserva financeira para emergências (ver item 7) e também com uma poupança à parte para já ir encaminhando a aposentadoria.

Desse modo, poderá incrementar a poupança para a aposentadoria quando chegar aos 40 anos. "Entre os 40 e 50 anos, é comum que os profissionais atinjam o pico da renda. Mas se tiver que começar a poupar aos 40 anos, será mais difícil acumular o suficiente para garantir o mesmo padrão de vida depois da aposentadoria, pois terá menos tempo para juntar o dinheiro", diz.

2) Querer tudo para agora

Pensar só no curto prazo é fatal para as finanças. "As pessoas antecipam desejos sem o devido planejamento, pensam em montar um patrimônio sem antes ter dinheiro para isso", diz Marcondes.

Ele explica: antecipar desejos sem planejar é fazer as compras de qualquer jeito e só depois pensar em como vai pagar. Quer comprar um carro, vai à concessionária e fecha o negócio, sem pensar que depois pode perder o bem por não ter como pagar as parcelas. Quer viajar, divide o passeio em dez vezes no cartão. Resultado: endividamento no cartão de crédito, que tem as piores taxas de juros do mercado.

Se quer trocar de geladeira ou de carro, por exemplo, o ideal é economizar todo mês para comprar à vista, com desconto. Se a ideia é comprar uma casa própria, é prudente ter ao menos 40% do valor do imóvel e financiar o menor valor e pelo menor tempo possível.

3) Não fazer o orçamento

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Imagem: iStockphoto

Aprender a fazer o orçamento é necessário para cuidar bem das finanças. Somente colocando receitas e despesas em uma planilha, é possível perceber para onde está indo o dinheiro e quais são os gastos que se pode cortar. Pequenos valores acabam resultando em grandes despesas, diminuindo ou até mesmo impossibilitando a formação de uma poupança.

4) Sempre contar com empréstimo para fechar as contas

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Outro equívoco comum é considerar o cheque especial como parte da renda mensal e financiar qualquer compra por meio de parcelas, empréstimos e financiamentos. "Contar com o dinheiro de terceiros para fechar as contas é péssimo para a vida financeira", diz Miguel Oliveira.

Para mudar esse hábito, lembre-se que quem toma emprestado paga juros, enquanto quem investe recebe juros.

"Quem financia um carro que custa R$ 40 mil pode pagar até o dobro por ter emprestado dinheiro. Se economizasse, receberia juros e ainda teria desconto no pagamento à vista”, afirma. 

5) Não investir na formação profissional

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Imagem: Carlos Cecconello/Folhapress

Não basta guardar dinheiro, é preciso ter a capacidade de produzir mais renda. Para isso, é preciso investir em si próprio: fazer cursos, aprender línguas, adquirir experiências, dizem os especialistas.

"Quem não investe na sua formação profissional acaba ficando fora do mercado de trabalho, pois tudo muda muito rápido hoje em dia", diz Alvarez.

Ele dá um exemplo de uma pessoa que foi demitida aos 40 anos e não aceitou receber menos e nem procurou cursos para se aprimorar. "Ficou tanto tempo nessa situação que não conseguiu voltar mais ao mercado de trabalho. Quem não estuda e se aprimora fica para trás no mercado de trabalho e perde oportunidades."

6) Não ter uma reserva financeira

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Os especialistas afirmam que não ter uma reserva de pelo menos seis meses de salário para emergências é um dos caminhos mais rápidos para arruinar as finanças. Sem esse colchão financeiro, qualquer problema, como desemprego ou doença, pode fazer a família perder as economias e até mesmo se endividar.

7) Esquecer da inflação

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Guardar dinheiro em investimentos que não remunerem o patrimônio acima da inflação é outra maneira de perder dinheiro, pois a inflação diminui o poder de compra ao longo dos anos. 

Ainda é tempo

Quem chegou aos 40 anos sem ter um patrimônio ou sem uma boa formação profissional não deve se desesperar. É possível começar a partir daí, mas o sacrifício, é claro, terá de ser maior. Veja algumas dicas:

  • Em vez de poupar 10% da renda líquida (descontados os impostos), esforce-se para poupar ao menos 30% da renda
  • Enxugue os gastos desnecessários
  • Reveja o padrão de vida
  • Invista em qualificação profissional
  • Abandone as compras por impulso; passe a planejá-las
  • Procure alternativas para aumentar a renda

Tecnologia ajuda na organização das finanças

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