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JBS, Tim e Natura estão entre os tombos do mês: veja que ações mais caíram

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/09/2022 04h00

Em um mês em que o Ibovespa mostrou recuperação, subindo mais de 6%, algumas ações não conseguiram acompanhar o movimento e andaram para trás. Empresas com receita em moeda estrangeira, como Suzano e JBS, foram prejudicas pela baixa do dólar. No ano, a moeda tem desvalorização de 6,71% frente ao real.

Braskem, Tim e Natura também estão entre as maiores quedas.

"No geral, foram quedas não tão drásticas - entre 5% e 12% - enquanto as altas foram expressivas no mês", diz Bruce Barbosa, sócio-fundador da Nord Research.

Dentre as maiores altas, estão empresas como Magazine Luíza (MGLU3), com avanço de 74,81% em agosto, Positivo Tecnologia (POSI3), com 70,41% e Azul (AZUL4), subindo 40,75%.Veja aqui quais foram as maiores altas da Bolsa no último mês.

Confira abaixo quais foram as ações que mais caíram em agosto, o que aconteceu com cada uma delas e se há chance de recuperação.

Dentre as quedas, algumas empresas tiveram seus próprios problemas, não ligados ao cenário econômico. Mas algumas prometem se recuperar nos próximos 12 meses. É o caso da Natura, para a qual o BTG estima uma valorização da ação de 385%. Confira quais foram as maiores baixas das companhias do Ibovespa, levantadas pela TC Economatica, entre os dias 1 e 30 de agosto:
  1. Braskem (BRKM5) -12,78%
  2. IRB Brasil (IRBR3) -9,95%
  3. Engie Brasil (EGIE3) -7,71%
  4. Suzano (SUZB3) -6,59%
  5. Usiminas (USIM5) -6,50%
  6. JBS (JBSS3) -6,11%
  7. Tim (TIMS3) -5,56%
  8. Yduqs (YDUQ3) -5,43%
  9. Grupo Natura (NTCO3) -5,39%
  10. Telefonica Brasil (VIVT3) -5,34%

O que aconteceu com elas?

Braskem - A empresa fez provisões bilionárias - guardou dinheiro em caixa - para reparações pelo acidente que aconteceu em Alagoas e provocou uma falha geológica, afundando quatro bairros na capital alagoana em 2018.

"Além disso, a Braskem ganha comprando nafta e transformando em polipropileno e polietileno. Com o aumento do preço da nafta, o resultado da empresa diminuiu", explica Barbosa. Mas a recomendação do BTG é de compra, com expectativa de que a empresa se recupere e a ação passe de R$ 30,28 para R$ 68 nos próximos 12 meses.

IRB Brasil- O Banco do Brasil recomenda venda das ações da resseguradora. "O IRB entregou um resultado que consideramos negativo, com prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões, 80% maior do que as perdas de R$ 206,9 milhões no 2T21, impactado principalmente por um menor recebimento de prêmios e por um maior pagamento de sinistros", publicou o BB.

Engie Brasil - A indicação de analistas da XP é neutra: não comprar, nem vender, porque a receita operacional líquida da Engie foi de quase R$ 3 bilhões no segundo trimestre, queda de quase 4,5% em comparação ao mesmo período de 2021.

Suzano - No meio do mês, o Bradesco BBI soltou um relatório recomendando a venda. O banco espera queda no preço da celulose por conta de maior oferta e menor demanda nesse mercado.

Usiminas - As ações da empresa subiram um pouco recentemente. Mas desabaram depois que a empresa anunciou que irá investir em reparos e reformas em estações da usina de Ipatinga, em Minas Gerais, diz Régis Chinchila, da Terra Investimentos. Os recursos para isso aumentam os gastos da companhia em um patamar que o mercado não projetava para os próximos anos, o que deixa investidores incertos a respeito do retorno sobre suas ações, diz ele. Para o banco Safra, não é hora de vender, nem de comprar.

JBS - "Apesar dos resultados acima do esperado, o frigorífico se desvalorizou sob a expectativa de margens mais apertadas para o segundo semestre em seu principal mercado, os EUA", diz Luis Novaes da Terra Investimentos. Isso acontece, segundo ele, por conta de um menor consumo pelas famílias americanas, em decorrência da desaceleração da economia por lá.

Tim - A lucratividade da empresa foi muito afetada pela inflação, aumentando custos e também as despesas subiram com os altos juros, a análise da Terra Investimentos. Mas, segundo a XP, o setor poderá ser impulsionado por novas linhas de negócio como o 5G e por isso a corretora recomenda compra, com valorização fazendo o preço atual de R$ 11,75 chegar a R$ 22 em 12 meses, um ganho de 87%.

Yduqs - O grupo de educação passou a se desvalorizar após os resultados ruins nos trimestres publicados no meio do mês. "O mercado já imaginava um futuro de mais dificuldades para a companhia, desta forma, tratou de revisar as projeções para os próximos meses", dizem os analistas da Terra. O Bank of America Merrill Lynch classifica a ação como neutra.

Natura - "A empresa até esboçou uma reação impulsionada pela recuperação do setor de varejo, que se valorizava pela expectativa de maiores vendas com inflação menor e crédito mais barato", diz Novaes. Mas as ações não seguraram a alta e devolveram seus ganhos ao mercado logo depois, ao final do mês. O BTG acredita que o segundo semestre vai ser melhor para a empresa e recomenda compra, estimando que o papel passe de R$ 13 para R$ 70 em um ano - um ganho de 385%.

Telefônica - Aconteceu a mesma coisa que prejudicou a Tim. "A margem foi apertada devido à inflação e juros no segundo trimestre do ano", diz Chinchila. O Goldman Sachs recomenda compra, acreditando que a ação passe de R$ 41 para R$ 60 em 12 meses - 46% de alta.

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