Energias renováveis são oportunidade para desenvolvimento inclusivo, diz WWF
María Sanz
Assunção, 3 dez (EFE).- As energias renováveis são uma oportunidade para que os países da América Latina tenham um desenvolvimento que inclua toda a sociedade, e podem favorecer as mais de 20 milhões de pessoas que carecem de eletricidade na região, segundo o especialista da organização WWF Tabaré Arroyo.
Arroyo, assessor de Economia e Energia da ONG, visitou Assunção nesta semana e manteve uma série de reuniões com membros do Executivo paraguaio.
Em entrevista à Agência Efe, o especialista recalcou que "a energia renovável promove um modelo de produção de energia descentralizado, e permite que existam os "prosumidores": pessoas que produzem a energia que vão consumir".
O representante de WWF destacou que, em linha com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas, muitas economias em desenvolvimento estão apostando por funcionar com 100% de energias renováveis para 2050.
Assim, a WWF afirma que países líderes em energias renováveis na região, como Costa Rica, que em 2013 gerou 87% de sua energia através de fontes renováveis, e Uruguai, que em 2012 se transformou no país da região que maior porcentagem de seu Produto Interno Bruto (PIB), investiram neste setor.
Na região da América Latina e o Caribe existe, segundo Arroyo, um "grande potencial" de energias renováveis que poderia permitir a alguns países deixar para trás um modelo econômico extrativista baseado na exploração de recursos como petróleo e carvão.
No entanto, Arroyo disse que os países têm ainda uma "alta dependência dos combustíveis fósseis", sobretudo no setor do transporte, que depende em 80% do petróleo, e nos lares sem eletricidade, que recorrem à lenha e ao carvão para aquecer suas casas e cozinhar.
Apesar disso, a WWF considera que a transição rumo a uma matriz energética baseada em energias renováveis já está dando sinais, como a queda nos custos da energia solar e o aumento dos investimentos e da geração de empregos neste tipo de energias.
A mudança está incentivada, além disso, pelo Acordo de Paris, assinado em 2015 e que engloba vários compromissos dos países para atuar frente à mudança climática, entre eles a redução de emissões de gases que aceleram o aquecimento global.
Segundo Arroyo, as energias renováveis, que se caracterizam por dispor de recursos inesgotáveis e gerar uma menor contaminação ambiental, são as principais aliadas para cumprir com esta meta.
Para favorecer seu desenvolvimento, o especialista da WWF recomendou que os bancos públicos e privados proporcionem garantias financeiras para fazer com que o investimento em energias renováveis seja rentável, e facilite também créditos acessíveis para que os lares possam se abastecer com energias alternativas.
Arroyo ressaltou também que é necessário que os Estados eliminem os subsídios que favorecem o setor de combustíveis fósseis, já que trata-se de um elemento que "distorce a competitividade" das energias renováveis.
Pediu, além disso, que as empresas tenham consciência do potencial energético desperdiçado em seus países, e usou o exemplo do pouco desenvolvimento da energia solar fotovoltaíca em países latino-americanos e caribenhos que recebem um alto grau de radiação solar.
A região da América Latina e o Caribe tem o potencial de abastecer 20 vezes a demanda de eletricidade prevista para 2050 usando energia renovável, sem depender dos combustíveis fósseis, o que pode lhe transformar em líder do setor, segundo dados de WWF.
Atualmente, a região gera 7% da eletricidade mundial, e quase 65% desta eletricidade procede de fontes renováveis, principalmente das centrais hidrelétricas.
Assunção, 3 dez (EFE).- As energias renováveis são uma oportunidade para que os países da América Latina tenham um desenvolvimento que inclua toda a sociedade, e podem favorecer as mais de 20 milhões de pessoas que carecem de eletricidade na região, segundo o especialista da organização WWF Tabaré Arroyo.
Arroyo, assessor de Economia e Energia da ONG, visitou Assunção nesta semana e manteve uma série de reuniões com membros do Executivo paraguaio.
Em entrevista à Agência Efe, o especialista recalcou que "a energia renovável promove um modelo de produção de energia descentralizado, e permite que existam os "prosumidores": pessoas que produzem a energia que vão consumir".
O representante de WWF destacou que, em linha com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas, muitas economias em desenvolvimento estão apostando por funcionar com 100% de energias renováveis para 2050.
Assim, a WWF afirma que países líderes em energias renováveis na região, como Costa Rica, que em 2013 gerou 87% de sua energia através de fontes renováveis, e Uruguai, que em 2012 se transformou no país da região que maior porcentagem de seu Produto Interno Bruto (PIB), investiram neste setor.
Na região da América Latina e o Caribe existe, segundo Arroyo, um "grande potencial" de energias renováveis que poderia permitir a alguns países deixar para trás um modelo econômico extrativista baseado na exploração de recursos como petróleo e carvão.
No entanto, Arroyo disse que os países têm ainda uma "alta dependência dos combustíveis fósseis", sobretudo no setor do transporte, que depende em 80% do petróleo, e nos lares sem eletricidade, que recorrem à lenha e ao carvão para aquecer suas casas e cozinhar.
Apesar disso, a WWF considera que a transição rumo a uma matriz energética baseada em energias renováveis já está dando sinais, como a queda nos custos da energia solar e o aumento dos investimentos e da geração de empregos neste tipo de energias.
A mudança está incentivada, além disso, pelo Acordo de Paris, assinado em 2015 e que engloba vários compromissos dos países para atuar frente à mudança climática, entre eles a redução de emissões de gases que aceleram o aquecimento global.
Segundo Arroyo, as energias renováveis, que se caracterizam por dispor de recursos inesgotáveis e gerar uma menor contaminação ambiental, são as principais aliadas para cumprir com esta meta.
Para favorecer seu desenvolvimento, o especialista da WWF recomendou que os bancos públicos e privados proporcionem garantias financeiras para fazer com que o investimento em energias renováveis seja rentável, e facilite também créditos acessíveis para que os lares possam se abastecer com energias alternativas.
Arroyo ressaltou também que é necessário que os Estados eliminem os subsídios que favorecem o setor de combustíveis fósseis, já que trata-se de um elemento que "distorce a competitividade" das energias renováveis.
Pediu, além disso, que as empresas tenham consciência do potencial energético desperdiçado em seus países, e usou o exemplo do pouco desenvolvimento da energia solar fotovoltaíca em países latino-americanos e caribenhos que recebem um alto grau de radiação solar.
A região da América Latina e o Caribe tem o potencial de abastecer 20 vezes a demanda de eletricidade prevista para 2050 usando energia renovável, sem depender dos combustíveis fósseis, o que pode lhe transformar em líder do setor, segundo dados de WWF.
Atualmente, a região gera 7% da eletricidade mundial, e quase 65% desta eletricidade procede de fontes renováveis, principalmente das centrais hidrelétricas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.