Bancos do Chipre só abrirão na quinta-feira, após 12 dias fechados
Os bancos do Chipre só reabrirão na quinta-feira (28), e sujeitos a controles de capital para evitar saques em massa. Assim, as agências ficarão fechadas por 12 dias.
Depois ter anunciado inicialmente a reabertura nesta terça-feira, com exceção dos dois maiores bancos do país –o Laiki e o Banco do Chipre--, o banco central do país adiou a reabertura para quinta-feira, em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira.
Apesar de muitos cipriotas estarem esperando para ir aos bancos, a informação foi rapidamente divulgada e não eram registradas filas diante das agências de Nicósia.
Acordo do Chipre fecha banco e confisca depósitos acima de 100 mil euros
O Chipre chegou a um acordo de última hora com seus credores internacionais para obter um resgate de 10 bilhões de euros. A principal diferença desse plano em relação às propostas anteriores é não mexer nos depósitos bancários inferiores a 100 mil euros.
O plano foi rapidamente endossado pelos ministros das Finanças da zona do euro, e não precisa ser aprovado pelo Parlamento cipriota. Isso deve poupar a ilha mediterrânea de um colapso financeiro e de ter de deixar a eurozona.
O novo plano propõe fechar o segundo maior banco do país, o estatal Banco Popular do Chipre, também conhecido como Laiki. Os depósitos até 100 mil euros serão transferidos para o Banco do Chipre para criar um "banco bom".
O Banco de Chipre, o maior do país em volume, permanecerá em funcionamento.
Já os correntistas com mais de 100 mil euros na conta terão seus recursos congelados, e uma parcela "mordida" pelo governo. Esse confisco deve ser "inferior a ou em torno de 30%" do valor total, anunciou nesta segunda-feira (25) o porta-voz do governo cipriota, Christos Stylianidis.
Esse confisco deve levantar 4,2 bilhões de euros, afirmou o presidente do Eurogroup, Jeroen Dijssebloem.
"Estou feliz", declarou o presidente cipriota, Nicos Anastasiadis, na saída do Conselho da Europa.
O acordo aconteceu horas antes do prazo final para evitar um colapso do sistema bancário em negociações difíceis entre o presidente do Chipre e chefes da União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
O consenso após as negociações foi aprovado pelos ministros das Finanças da Eurozona.
O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, disse que os parlamentares cipriotas não precisariam aprovar o novo esquema, pois já promulgaram uma lei estabelecendo os procedimentos de resolução bancária.
O Chipre buscava uma solução para arrecadar 5,8 bilhões de euros depois de ter rejeitado confiscar parte dos depósitos bancários no país. A quantia é exigida para completar o resgate de 10 bilhões oferecido pela União Europeia.
(Com agências)
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