Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Portugal Telecom e Oi anunciam fusão e criam gigante de R$ 40 bilhões

O executivo Zeinal Bava será o presidente da nova empresa criada com a fusão de Portugal Telecom e Oi - Francisco Seco/AP
O executivo Zeinal Bava será o presidente da nova empresa criada com a fusão de Portugal Telecom e Oi Imagem: Francisco Seco/AP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2013 05h18Atualizada em 18/07/2022 14h44

A Portugal Telecom e a brasileira Oi anunciaram nesta quarta-feira (2) que irão formalizar processo de fusão entre as empresas. A Portugal Telecom já era a principal acionista da operadora brasileira, com 23,6% de participação.

O faturamento conjunto é estimado pelas companhias em cerca de R$ 40 bilhões. Segundo elas, a operação vai cobrir uma área com cerca de 260 milhões de habitantes e 100 milhões de clientes.

O acordo prevê um aumento de capital de pelo menos R$ 7 bilhões na operadora brasileira. De acordo com o documento, o executivo Zeinal Bava, atual diretor executivo da Oi e da Portugal Telecom, presidirá a nova sociedade, que recebe o nome de CorpCo.

O executivo afirmou que a empresa resultante da fusão com a Portugal Telecom pretende ser uma das principais do setor no mundo. Para Bava, a nova empresa tem potencial de alto crescimento no mercado brasileiro.

"A ambição é estar entre os maiores players globais, assumindo uma vocação multinacional, desde a primeira hora, num setor em profunda transformação e afirmando-se como uma referência em termos de inovação tecnológica, excelência operacional e criação de valor acionista", disse.

As empresas estimam sinergias operacionais e financeiras de aproximadamente R$ 5,5 bilhões, que devem aumentar conforme a CorpCo consiga aumentar sua liderança em Portugal, na África e no Brasil. Nesse contexto, sinergia significa economia de gastos pela fusão de departamentos.

"A transação consolidará a posição das duas sociedades como o operador líder nos países de língua portuguesa, liderando em todos os mercados em que opera", diz o comunicado.

A nova empresa terá ações na Bovespa, na Bolsa de Portugal e em Nova York, nos EUA. As companhias afirmaram que os atuais acionistas da TelPart (Telemar Participações) e um veículo de investimento administrado e gerido pelo BTG Pactual (BBTG11), participarão da operação de aumento de capital com subscrição de cerca de R$ 2 bilhões.

Cada ação ordinária da Oi será substituída por uma ação ordinária da CorpCo. As ações ordinárias dão direito a voto. No caso das ações preferenciais (sem direito a voto), cada 1,0857 ação preferencial da Oi será substituída por uma ação ordinária da CorpCo.

A Portugal Telecom adquiriu em 2010 uma participação de 22,28% do capital da Oi, por 3,54 bilhões de euros (R$ 10,52 bilhões). Atualmente, a empresa portuguesa possui 23,6% das ações da companhia brasileira.

A Oi propôs a realização de um aumento de capital de pelo menos R$ 7 bilhões (2,3 bilhões de euros), e uma meta de R$ 8 bilhões (2,7 bilhões de euros) para melhorar a flexibilidade do balanço da nova entidade CorpCo.

De acordo com as empresas, a fusão "permitirá acelerar o desenvolvimento da Oi no Brasil, alavancar e potencializar a capacidade de inovação da Portugal Telecom e cristalizar o valor das sinergias".

Fusão deverá ser 'simples'

A aprovação da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom deverá "ser simples", afirmou uma fonte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à "Reuters".

Segundo a fonte, a operação anunciada mais cedo "é mais uma reestruturação societária" do que uma mudança de controle.

Telefónica, dona da Vivo, anuncia acordo com a TIM

A Telefónica, dona da Vivo no Brasil, anunciou na semana passada que negocia o controle da Telecom Italia, dona da TIM no país.

Com isso, a dona da Vivo se tornaria indiretamente a sócia majoritária da TIM. As duas empresas são concorrentes diretas no país: a Vivo possui 28,7% do mercado de telefonia celular no Brasil e a Tim, 27,2%.

A fusão entre as duas empresas ainda terá que ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

(Com AFP e Reuters)