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Petroleira de Eike diz considerar 'toda e qualquer' medida para se proteger

Do UOL, em São Paulo

04/10/2013 07h45Atualizada em 04/10/2013 10h41

A petroleira OGX (OGXP3), de Eike Batista, divulgou um comunicado, na noite de quinta-feira (3), afirmando considerar "toda e qualquer medida" adequada para a proteção de seus interesses e preservação da continuidade de seu negócio.

A OGX passa por um momento de alto endividamento, problemas na produção e escassez de recursos para investimentos. Nos últimos dias, notícias afirmam que a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial (antiga concordata).

No comunicado, a petroleira do grupo EBX ressalta que vem analisando diversos cenários com seus assessores Lazard e Blackstone.

"Em que pese a revisão da estrutura de capital ainda não ter sido concluída, a administração entende que a companhia deve considerar toda e qualquer medida legal que seja adequada para a proteção de seus interesses e preservação da continuidade de seu negócio", informou em um comunicado.

Calote e troca de sede

Nesta semana, a petrolífera OGX optou por não pagar US$ 44,5 milhões a credores estrangeiros. Esse é o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.

Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", as empresas do grupo EBX iniciaram um plano de desocupação do histórico edifício Serrador, no centro do Rio. A medida teria como objetivo diminuir as despesas das empresas comandadas por Eike Batista, em mais um capítulo da dramática queda de seu império.

Mantega diz que crise de Eike afetou imagem da economia do país

A crise nas empresas de Eike Batista afetou a imagem da economia do país, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta segunda-feira (30).

O ministro disse que a queda das ações da petroleira OGX "já causou problemas para a imagem do país e para a Bolsa de Valores, que teve uma deterioração".

Segundo Mantega, a situação das empresas controladas por Eike afeta o próprio desempenho da economia brasileira e "nossa reputação na Bolsa de Valores, que é muito boa".

De acordo com o ministro, apesar da "Bolsa estar subindo agora, teve uma queda de perto de 10% por conta dessas empresas de Eike".

(Com agências)