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Economia para pagar juros chega a R$ 91,3 bi e fica abaixo da meta em 2013

Do UOL, em São Paulo

31/01/2014 10h37Atualizada em 31/01/2014 11h19

A economia do país para pagar os juros da dívida pública em 2013 foi de R$ 91,306, o equivalente a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto). A meta era de R$ 110,9 bilhões.

Esses números incluem governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais. Os dados foram  divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central (BC).

Essa economia é o chamado superavit primário.

A dívida pública fechou dezembro em R$ 1,626 trilhão. Esta é a quantia devida pelo setor público a vários tipos de investidor, como bancos, fundos, e até pessoas físicas. Ao comprar um título do Tesouro Direto, por exemplo, o investidor está ajudando a financiar o governo.

Atualmente, os governos usam esse dinheiro para rolar a própria dívida. Como o superavit primário não é suficiente para pagar todos os juros da dívida (que totalizaram R$ 248,9 bilhões no ano passado), o governo acaba sempre tomando mais dinheiro emprestado.

Uma prática que tem aumentado nos últimos anos é a de pegar dinheiro emprestado por meio do Tesouro (a juros altos), para financiar empresas por meio do BNDES (a juros baixos).

Economia ficou abaixo da meta

A economia do setor público para abater os juros da dívida ficou abaixo da meta em 2013. O governo federal pretendia guardar cerca de R$ 110,9 bilhões.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias da União para 2013 estabeleceu como meta um resultado fiscal primário positivo de R$ 155,841 bilhões, mas admite flexibilizações, por exemplo, em função dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em 2012, o setor público também não tinha conseguido atingir a meta de economia para pagar os juros. O saldo positivo foi de R$ 104,951 bilhões, abaixo da meta cheia de R$ 139,8 bilhões.

Governo central economizou R$ 77 bilhões

O governo central (só governo federal, Banco Central e Previdência) conseguiu economizar R$ 77,072 bilhões no ano passado para pagamento da dívida, quantia que equivale a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2012, o resultado tinha sido de R$ 88,262 bilhões.

A meta de R$ 73 bilhões para o governo central foi cumprida graças, em parte, aos parcelamentos especiais de tributos em atraso (Refis), feitos no fim de 2013 e que renderam aos cofres públicos R$ 21,28 bilhões. 

A entrada de R$ 15 bilhões do bônus da assinatura da concessão do campo de Libra, no pré-sal, também ajudou o governo a realizar a meta.

(Com Reuters)