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Mantega diz que economia tem melhora gradual, mas recuperação será dolorosa

Do UOL, em São Paulo

14/05/2014 11h24

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a economia do país terá uma "melhora gradual", mas antes precisará atravessar uma "transição dolorosa", como todos os países. Mantega fez a declaração nesta quarta-feira (14) em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Ele foi convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para falar na Câmara sobre a compra polêmica da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, mas iniciou sua participação fazendo um balanço da economia, sem mencionar a empresa estatal.

"Há uma melhora gradual da nossa economia, já começando em 2013, em sintonia com a recuperação da economia mundial. Foi a maior crise do capitalismo nos últimos anos. A boa notícia é que já estamos saindo da crise", disse.

Segundo ele, no entanto, "a recuperação não é de uma hora para outra. Há uma transição dolorosa para todos os países".

Os países estão crescendo lentamente, diz o ministro. "Mesmo os EUA tiveram um crescimento modesto, de 1,9% no ano passado. Na Europa, nem se fala. A União Europeia registrou -4% em 2013. Os países emergentes também sofreram resultado dessa atrofia da economia. Um país dinâmico como China também desacelerou."

O ministro também criticou a redução da nota de investimento do Brasil pela agência de risco Standard & Poors em março. Ele afirmou que a decisão não teve nenhuma repercussão no mercado e não foi seguida por outras agências, o que demonstraria seu equívoco.

Clima econômico é o pior no país desde 1999, diz pesquisa

O indicador do clima econômico no Brasil caiu ao nível mais baixo desde janeiro de 1999 e só não é pior que o da Venezuela, segundo a pesquisa Sondagem Econômica da América Latina, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo instituto alemão Ifo. Na média da América Latina, o indicador piorou influenciado também por outros países, como Chile, México e Equador.

A sondagem é feita com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países e, no caso do Brasil, a expectativa deles se deteriorou significativamente. O ICE do Brasil é inferior ao da Argentina (75 pontos) e supera apenas o da Venezuela, que se mantém no valor mínimo, de 20 pontos, desde julho de 2013.

(Com Valor)

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