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Taxa de juros para pessoas e empresas atinge pico em 2 anos, diz Anefac

Do UOL, em São Paulo

11/08/2014 14h24Atualizada em 11/08/2014 17h41

As taxas de juros das operações de crédito subiram novamente em julho, pelo 14º mês seguido, de acordo com dados da associação de executivos de finanças, a Anefac.

A taxa média para pessoa física subiu 0,02 ponto percentual no mês (0,46 ponto percentual no ano), o que equivale a um avanço de 0,33% no mês (0,45% em 12 meses) passando de 6,03% ao mês (101,9% ao ano) em junho para 6,05% ao mês (102,36% ao ano) em julho, a maior desde julho de 2012.

Já a taxa média para empresas avançou 0,01 ponto percentual no mês (0,17 ponto percentual em 12 meses) ou alta de 0,29% no mês (0,34% em doze meses), evoluindo de 3,44% ao mês (50,06% ao ano) em junho, para 3,45% ao mês (50,23% ao ano) em julho, também o pico em 24 meses.

A alta se deve a um pior "cenário econômico nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e crescimento econômico, o que aumenta o risco de crédito (expectativa de aumento nos índices de inadimplência)", de acordo com o diretor executivo de Pesquisa e Estudos Econômicos, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

De acordo com Oliveira, estes fatores têm levado os bancos a elevarem suas taxas de juros acima das elevações da Selic, a taxa básica de juros que é definida pelo Banco Central e usada como referência pelas instituições financeiras.

Pessoa física

Das seis linhas de crédito pesquisadas três tiveram suas taxas de juros elevadas no mês: juros do comércio (que subiu para 4,66%), CDC (financiamento de automóveis, que avançou para 1,83%) e cheque especial (que ficou em 8,34%).

Outras duas tiveram suas taxas de juros mantidas: rotativo do cartão de crédito (10,7%) e empréstimo pessoal em bancos (3,45%). Apenas uma teve a taxa de juros reduzida: empréstimo pessoal em outras instituições financeiras, que caiu para 7,31%.

Pessoa jurídica

Das três linhas de crédito pesquisadas, uma foi reduzida (conta garantida, que caiu para 5,92%); e duas foram elevadas: desconto de duplicatas (que subiu para 2,45%) e capital de giro (que avançou para 2,54%).

(Com Reuters)