Marca de roupas é punida novamente por sexualizar crianças em anúncio
A rede norte-americana de roupas American Apparel se envolveu em mais uma polêmica com suas campanhas publicitárias. Desta vez, os anúncios da linha de "volta às aulas" da companhia foram banidos no Reino Unido, por sexualizarem crianças e adolescentes em idade escolar.
A propaganda trazia duas imagens de garotas debruçadas (uma sobre a janela de um carro, outra sobre uma cadeira), vestindo saias em estilo colegial.
A peça estava levantada a ponto de mostrar uma calcinha branca e parte da virilha da modelo em ambas as fotos.
O anúncio foi ainda mais duramente criticado por glamurizar o ato de tirar fotos por baixo das saias das meninas sem que elas percebam.
Segundo o órgão regulador, no contexto de um anúncio direcionado às próprias garotas em idade escolar, "tem potencial para normatizar um comportamento sexual predatório".
A Autoridade de Regulação da Propaganda (ASA, na sigla em ingês) afirmou que o foco da imagem estava nas partes íntimas da garota, e não na saia que estava sendo anunciada. O anúncio foi considerado "sexista" e "gratuito".
Empresa culpa 'funcionário inexperiente' por publicação
A campanha foi lançada no início do mês passado, com o slogan "seu primeiro dever de casa é se vestir apropriadamente", mas as imagens banidas já foram apagadas das contas da empresa nas redes sociais.
Segundo a American Apparel, a intenção da empresa não era representar meninas menores de idade nos anúncios. Além disso, os posts teriam sido feitos por "um membro relativamente inexperiente da equipe que coordena as redes sociais" da empresa.
Outras fotos da campanha, que mostram garotas em minissaias, miniblusas e meias altas, ainda estão online. Duas peças de roupas são chamadas de "saia Lolita" e "blusa Lolita", em referência à personagem de Vladmir Nabokov, uma garota de 13 anos abusada sexualmente pelo padrasto.
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