Após cortar nota do país, agência de risco Fitch rebaixa bancos brasileiros
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito de bancos brasileiros como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, BTG Pactual, Banco Pan, entre outros. O anúncio foi feito após o corte da nota do país, há menos de uma semana.
Na ocasião, a agência rebaixou a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-", mas ainda manteve o país com o selo de bom pagador. A perspectiva é negativa, ou seja, o próximo movimento deve ser novamente de corte da nota.
Movimento semelhante foi feito pela Standard & Poor's, que rebaixou o país, tirando o "grau de investimento", e um dia depois rebaixou várias empresas e instituições financeiras.
A terceira grande agência, a Moody's, informou no começo deste mês que decidiu manter a perspectiva negativa para os bancos brasileiros, o que significa um risco de corte da nota no curto prazo.
Brasil já perdeu um selo de bom pagador
Há três principais agências internacionais de avaliação de risco: Fitch, Moody's e Standard & Poor's.
No mês passado, a agência Standard & Poor's (S&P) tirou o selo de bom pagador do Brasil.
A Fitch rebaixou a nota do país, mas manteve o grau de investimento. A Moody's, por sua vez, rebaixou o Brasil há quase dois meses, mas ainda manteve o selo de bom pagador, com perspectiva estável, o que sugere que a nota não mudará no curto prazo.
Um segundo rebaixamento pode ter impacto no mercado ainda maior do que o primeiro, porque muitos investidores estão impedidos de deter títulos que não tenham o selo de bom pagador por pelo menos duas das três principais agências de classificação de risco.
Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores
Governos e empresas conseguem dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo ou empresa tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.
Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país ou empresa tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.
O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia ou negócio tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país ou companhia terão risco próximo a zero.
Entenda como as agência fazem o cálculo da nota
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa ou um país.
Ele busca medir a probabilidade de calote de obrigações financeiras. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.
Agências de risco falharam na crise
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
(Com Reuters)
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