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'Prévia' do PIB recua 0,52% em novembro e acumula queda de 3,85% em 2015

Do UOL, em São Paulo

15/01/2016 08h39Atualizada em 15/01/2016 11h06

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto), caiu 0,52% em novembro, na comparação com outubro, segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (15). A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os meses de outubro e novembro.

Essa foi a nona queda mensal consecutiva do indicador. No ano, a "prévia" do PIB aponta redução de 3,85% sobre o mesmo período do ano passado (3,88% na série com ajuste).

Na comparação com novembro de 2014, o IBC-Br recuou 6,14% na série observada e teve queda de 6,72% na série com ajuste.

Nos 12 meses encerrados em novembro, o índice de atividade aponta queda de 3,53% na série sem ajuste e de 3,63% no dado dessazonalizado. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal.

O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país.
 

Recessão se aprofunda

O resultado do IBC-Br mostra que o cenário de recessão está piorando, em meio às incertezas fiscais e políticas no país.

O desempenho de diversos setores vem alimentando o cenário recessivo, marcado também por piora do mercado de trabalho e dos índices de confiança e altos patamares de inflação e juros.

"A gente está vendo o PIB em queda livre", disse o economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. "Todos os sinais são de que a gente vai continuar assim por um tempo ainda."

A economia brasileira encolheu 1,7% no terceiro trimestre do ano passado (dado oficial mais recente) em relação ao trimestre anterior, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, a queda foi de 4,5%, no pior resultado desde 1996, quando começa a série histórica.

Foi o terceiro trimestre seguido de queda, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. Bastam dois trimestres seguidos de recuo para se considerar que um país está em recessão técnica.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o Brasil registra o sexto trimestre consecutivo de queda do PIB. É a maior sequência de resultados negativos da série histórica. 

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

(Com Reuters)