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Ministro do TCU diz que pedirá vista e privatização da Eletrobras travará

Logo da Eletrobras em instalações da companhia no Rio de Janeiro - Pilar Olivares/Reuters
Logo da Eletrobras em instalações da companhia no Rio de Janeiro Imagem: Pilar Olivares/Reuters

Caio Mello e Eduardo Militão

Do UOL, em São Paulo e Brasília

19/04/2022 19h11Atualizada em 19/04/2022 19h11

Vital do Rego Filho, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), revelou que pedirá vista para mais 60 dias de análise no processo que discute a privatização da Eletrobras. Com isso, a privatização dificilmente acontecerá em 2022.

O ministro Rego Filho já demonstrava indícios de que seria contrário ou que atrasaria o processo, pois ele apontava impactos tarifários e bônus de outorga na renovação de contratos de hidrelétricas da privatização.

Caso o processo não termine este ano, ficará comprometido, a depender do vencedor das eleições presidenciais do ano que vem.

Segundo a assessoria do TCU, "o ministro informou que realmente pedirá vista de 60 dias". Ele entende que, como o voto do relator, Aroldo Cedraz, não foi divulgado aos ministros até o momento, "não haverá tempo hábil para ter a compreensão técnica de uma matéria de tamanha complexidade".

O UOL conversou com outro ministro do TCU. Segundo, ele pedir vista é normal. O "problema" é que o governo de Jair Bolsonaro (PL) tem "pressa" na privatização da Eletrobrás. Esse ministro pretende chegar com o voto pronto amanhã, mas ele disse que vai aguardar os debates no plenário. Dependendo da discussão, ele vai adiantar seu voto ou vai esperar Vital do Rego trazer sua decisão a respeito da privatização da estatal.