Como pegar empréstimo com juros mais baixos? Compare opções
Pedir empréstimo pode ser a solução para sair do aperto e pagar as contas, mas é preciso ficar atento. As taxas cobradas nos principais bancos estão de duas a seis vezes acima da taxa básica de juros e de 10 a 21 vezes acima da inflação. Por isso, é preciso fazer as contas e tentar não comprometer muito o orçamento. Confira abaixo as opções.
Quais as opções de empréstimos?
Empréstimo pessoal para pessoas físicas. Ele pode ser adquirido no banco do correntista ou em outra instituição financeira.
Empréstimo consignado para funcionários públicos e de empresas privadas, e beneficiários do INSS. Estes têm as taxas de juros mais baixas porque o desconto é direto na folha de pagamento.
Quais as taxas cobradas?
Juros do empréstimo pessoal estão custando de 2,75% a 7% ao mês nos principais bancos do país. Isso equivale a juros anuais de 33% a 84%, muito acima da inflação dos últimos 12 meses, de 3,99%, e acima da taxa básica de juros, de 13,25%.
Juros do consignado saem de 1,4% a 1,92% para funcionários públicos e de 1,97% a 2,94% para CLT. No ano, as taxas ficam de 17% a 35%. Para beneficiários do INSS, o governo reduziu nesta quinta-feira (17) o teto de juros de 1,97% para 1,91%.
Confira abaixo a tabela com a taxa de juros média praticada pelos bancos. A pesquisa foi feita no Banco Central e os valores se referem ao período de 19 a 26 de julho de 2023. A taxa oferecida a cada cliente pode variar conforme as condições do empréstimo, como valor de entrada, além da avaliação de crédito feita pela instituição.
Quanto custa emprestar R$ 1.000?
No empréstimo pessoal e com a menor taxa, sai a R$ 1.187,64 em 12 meses. Esta simulação foi feita com base nos juros da Caixa Econômica Federal. Emprestando R$ 1.000 e parcelando em 12 vezes, você vai pagar os R$ 1.000 mais os juros, que somam R$ 187,64.
No consignado para funcionário público e com a menor taxa, sai a R$ 1.093,32 em 12 meses. A simulação considera a taxa da Nu Financeira. Emprestando R$ 1.000 e parcelando em 12 vezes, você vai pagar R$ 1.000 mais R$ 93,32 em juros.
No consignado para trabalhadores de empresas privadas e com a menor taxa, sai a R$ 1.132,68 em 12 meses. A simulação considera a taxa do PagBank. Emprestando R$ 1.000 e parcelando em 12 vezes, você vai pagar R$ 1.000 mais R$ 132,68 em juros.
Qual o limite do empréstimo?
O empréstimo pessoal depende de aprovação. O especialista recomenda não comprometer uma faixa maior do que entre 25% ou 35% da renda mensal com o pagamento das parcelas.
Já o empréstimo consignado não pode ter parcelar maior que 35% da renda líquida mensal. É o explica o planejador financeiro CFP pela Planejar e sócio da HCI Invest, Luccas Fiorelli.
Consumidor deve ficar atento ao número de parcelas. Além da taxa de juros e do valor do empréstimo, o número de parcelas influencia no valor final a ser pago. Como os juros correm ao mês, quanto menor o número de parcelas, menos o consumidor pagará de juros ao final do período.
Newsletter
POR DENTRO DA BOLSA
Receba diariamente análises exclusivas da equipe do PagBank e saiba tudo que movimenta o mercado de ações.
Quero receberComo calcular o valor total do empréstimo?
Faça uma simulação. As instituições financeiras costumam oferecer simulações de empréstimo para que o cliente possa verificar quais as melhores condições entre preço e prazo para pagamento.
Use a Calculadora do Cidadão. A ferramenta é oferecida pelo Banco Central (acesse aqui) para calcular o valor de um empréstimo, informando o valor total, o prazo e a taxa de juros.
Leia atentamente o contrato. Ao tomar um empréstimo, o dado mais importante do contrato é o Custo Efetivo Total (CET), de acordo com Luccas Fiorelli. O CET inclui o valor final com todos os encargos e despesas da operação.
O que você precisa saber sobre consignado
Fique atento à renda disponível. Ao pegar um empréstimo consignado, o trabalhador deve ter consciência que não tem a renda total disponível, considerando que parte é descontada na fonte.
Em caso de demissão, o saldo devedor continua a existir. Nesse caso, o funcionário pode renegociar. O planejador financeiro Luccas Fiorelli explica que a empresa está autorizada a descontar até 30% do valor da rescisão para quitar ou amortizar o valor com o banco: "Por exemplo, se o funcionário tiver R$ 10 mil a receber da empresa, até R$ 3 mil podem ser utilizados para pagar a dívida. Já o saldo remanescente, se houver, para quitar o débito e o restante, costuma ser cobrado via boleto", afirmou.
Deixe seu comentário