Lupi se diz a favor da volta do imposto sindical, mas não obrigatório
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, defendeu, durante o UOL Entrevista, a cobrança do imposto sindical. Porém, ele disse que a contribuição não pode ser obrigatória.
O que aconteceu:
Lupi disse que a contribuição sindical é a única forma possível de financiamento no momento. "Quer discutir imposto sindical? Vamos discutir todos os impostos sindicais, patronal e empregado. Por que só acabar o do empregado? Eu sou a favor que os trabalhadores tenham uma linha de financiamento. O imposto sindical é a única linha possível na realidade brasileira".
O ministro da Previdência ponderou que a cobrança não pode ser obrigatória. "Não pode ser obrigatório, sem aceitação do sindicalista. Agora, quando vai ter negociação de aumento salarial, todos querem o aumento. Nessa hora é importante ter a presença do sindicato. Quem tem o aumento não é importante contribuir? A gente tem que discutir".
Lupi diz que deve apresentar proposta para mudar reforma da Previdência
Lupi disse que a revisão será discutida no Conselho Nacional da Previdência Social e sugestões de mudanças devem ser apresentadas no próximo ano. "Este ano não vejo tempo hábil para ter uma conclusão do processo, mas com certeza ano que vem temos uma proposta para apresentar. Vão ter apresentações de propostas, mas isso tem que ser conversado com outros membros do governo".
O ministro citou como uma das revisões a serem feitas a mudança promovida pela reforma que determina que a pensão paga a dependentes deve ser 50% do valor do benefício ao qual a pessoa falecida teria direito caso se aposentasse, mais 10% por dependente.
Lupi pediu "sensibilidade" do Congresso para discutir uma eventual revisão da reforma da Previdência. "O Parlamento jamais fica contra seu eleitor. Como esse parlamento vai ficar contra qualquer avanço para garantir direitos de uma parcela significativa da sociedade?".
Lupi diz que prisão de Bolsonaro é 'questão de tempo'
Carlos Lupi ainda avaliou durante o UOL Entrevista a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro após o escândalo das joias. O ministro disse que é "questão de tempo" até o adversário ser preso.
"Acho que não é só o impacto do caso das joias, é o conjunto da obra. Será que a gente vai deixar impune a omissão que teve na pandemia? E o golpe do dia 8 de janeiro? As joias são mais uma etapa desse conjunto de obras criminosas".
Veja abaixo a entrevista na íntegra com Carlos Lupi:
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