IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Brasil e China vão assinar nove acordos empresariais, diz Serra

Michel Temer e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro em Hangzhou - Iwasaki Minoru/AFP
Michel Temer e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro em Hangzhou Imagem: Iwasaki Minoru/AFP

Adam Jourdan

02/09/2016 08h30

XANGAI, 2 Set (Reuters) - O Brasil vai assinar nove acordos empresariais com a China em setores como agricultura, aviação e logística, incluindo um projeto de US$ 3 bilhões na área de siderurgia no Maranhão, afirmou o ministro das Relações Exteriores, José Serra, em viagem ao país asiático.

Os acordos foram anunciados durante a primeira viagem internacional do presidente Michel Temer, para participar de reunião de cúpula do G20 na China, após substituir Dilma Rousseff, que perdeu o mandato esta semana devido ao processo de impeachment.

A State Grid Corporation vai concluir a compra de participação de 23,6% que o grupo Camargo Correa tem na elétrica CPFL, informou o ministério em comunicado emitido durante uma cúpula comercial em Xangai.

Já a China Brazil Xinnenghuan International Investment vai assinar acordo de US$ 3 bilhões para a construção "de projetos siderúrgicos em Bacabeira (MA)... e na primeira fase de operação deverá produzir 3 milhões de toneladas de aço".

A Reuters tinha publicado na quinta-feira que a State Grid vai concluir nesta sexta-feira a compra da participação na CPFL.

Venda de jatos

Segundo o ministério, dentro dos atos a serem assinados durante a passagem de Temer pela China está ainda a venda pela Embraer de dois jatos regionais modelo E190, com três opções de compra, além de 2 jatos executivos Phenom 300 pela companhia aérea chinesa Colorful Guizhou.

Os acordos incluem também a criação do Fundo de Investimento no Desenvolvimento da Agricultura do Brasil e China, com capital de US$ 1 bilhão, com foco em melhoria de infraestrutura logística, e investimento de US$ 1,5 bilhão em terminal privado de cargas em São Luís.

O ministério citou ainda acordo de venda do controle da gestora Rio Bravo para a chinesa Fosun Property Holdings, mas a operação já havia sido anunciada no país no início do mês passado.