Defesa diz que Youssef cumpria ordens de partidos e diretores
Em defesa apresentada nesta quarta-feira à Justiça Federal do Paraná, o advogado do doleiro Alberto Youssef, um dos principais alvos da Operação Lava-Jato, alega que o esquema de corrupção investigado na Petrobras teve origem em políticos e dirigentes da estatal para servir a um projeto de poder elaborado pelo PT e por outros dois partidos da base aliada, PMDB e PP. Segundo o argumento do criminalista Antonio Figueiredo Basto, Youssef teria desempenhado papel auxiliar nesse processo. A estratégia da defesa de Youssef foi antecipada pelo Valor PRO (serviço de notícias em tempo real do Valor) na semana passada.
Na manifestação dirigida ao juiz Sergio Moro, o defensor afirma que o esquema de lavagem de dinheiro identificado pela Lava-Jato era conduzido por políticos e funcionários públicos. Basto contesta a versão apresentada nas primeiras denúncias oferecidas pela força-tarefa de procuradores da República, que sustentam que as fraudes eram lideradas pelo doleiro.
"O Alberto era um operador financeiro que atuava a mando dos partidos e dos diretores da Petrobras. Ele nunca liderou ou comandou esquema de corrupção algum", reafirmou Basto nesta tarde.
"Não é porque ele fez delação premiada que vamos aceitar tudo quanto é acusação", disse. O advogado espera que Youssef obtenha "redução significativa de pena ou até mesmo o perdão judicial".
Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disseram em suas delações premiadas que PT, PMDB e PP ficavam com 1% a 3% dos valores de contratos firmados com a estatal. As licitações no âmbito da diretoria de Abastecimento seriam divididas entre as três legendas. Já PT e PMDB teriam operadores próprios nas diretorias de Serviços e Internacional, respectivamente, segundo os delatores e as acusações formais do Ministério Público Federal (MPF).
Youssef é réu em 10 ações penais que tramitam na Justiça Federal de Curitiba por enviar US$ 445,5 milhões de dólares ilegalmente ao exterior, por formar organização criminosa e ainda por crimes de lavagem de dinheiro, operação irregular de instituição financeira e falsidade ideológica.
Na manifestação dirigida ao juiz Sergio Moro, o defensor afirma que o esquema de lavagem de dinheiro identificado pela Lava-Jato era conduzido por políticos e funcionários públicos. Basto contesta a versão apresentada nas primeiras denúncias oferecidas pela força-tarefa de procuradores da República, que sustentam que as fraudes eram lideradas pelo doleiro.
"O Alberto era um operador financeiro que atuava a mando dos partidos e dos diretores da Petrobras. Ele nunca liderou ou comandou esquema de corrupção algum", reafirmou Basto nesta tarde.
"Não é porque ele fez delação premiada que vamos aceitar tudo quanto é acusação", disse. O advogado espera que Youssef obtenha "redução significativa de pena ou até mesmo o perdão judicial".
Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disseram em suas delações premiadas que PT, PMDB e PP ficavam com 1% a 3% dos valores de contratos firmados com a estatal. As licitações no âmbito da diretoria de Abastecimento seriam divididas entre as três legendas. Já PT e PMDB teriam operadores próprios nas diretorias de Serviços e Internacional, respectivamente, segundo os delatores e as acusações formais do Ministério Público Federal (MPF).
Youssef é réu em 10 ações penais que tramitam na Justiça Federal de Curitiba por enviar US$ 445,5 milhões de dólares ilegalmente ao exterior, por formar organização criminosa e ainda por crimes de lavagem de dinheiro, operação irregular de instituição financeira e falsidade ideológica.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.