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Dívida pública cai 2,09% em janeiro em relação a dezembro, para R$ 2,25 tri

26/02/2015 11h20

A Dívida Pública Federal (DPF) registrou uma queda em termos nominais, de 2,09% na passagem de dezembro para janeiro, atingindo R$ 2,247 trilhões. Em dezembro, a dívida era de R$ 2,295 trilhões. Pelas metas estabelecidas dentro do Plano Anual de Financiamento (PAF), a Dívida Pública Federal (DPF) deve oscilar entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,6 trilhões em 2015.

Segundo nota do Tesouro Nacional divulgada nesta quinta-feira, a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 2,09% ao passar de R$ 2,183 trilhões em dezembro para R$ 2,137 trilhões. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 109,93 bilhões (US$ 41,29 bilhões), o que representa uma queda de 2,10% na comparação com os números de dezembro.

No mês passado, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 52,88 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 122,83 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 69,95 bilhões. Desse resgate líquido, R$ 67,48 bilhões referem-se à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 2,46 bilhões à Dívida Pública Federal Externa.

O prazo médio da dívida interna fechou janeiro em 4,46 anos (4,28 anos em dezembro) e o percentual vincendo em 12 meses ficou em 26,16%, contra 24,65% no último mês do ano.

Considerando a metodologia "Average Term to Maturity", que permite uma maior comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida passou de 6,61 anos em dezembro para 6,81 anos em janeiro.

Volume de pós e prefixados

A participação de papéis pós-fixados na DPFMi subiu em janeiro e chegou a 20,84% ante 19,62% em dezembro. Pelas metas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), esses títulos devem apresentar percentual de participação entre 17% e 22%, mas a métrica considerada é a Dívida Pública Federal (DPF). Considerando, então, a dívida total, a participação desses papéis teve alta de 18,66% em dezembro para 19,82% em janeiro.

Já a fatia de papéis prefixados passou de 43,08% da DPMFi em dezembro para 40,4% em dezembro. Os títulos indexados a índices de preços, por sua vez, terminaram janeiro com 38,16% da dívida interna, ante 36,70% em dezembro. E os ativos corrigidos pelo câmbio fecharam em 0,61%, ante 0,59% em dezembro.

O custo médio da Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) subiu 0,13 ponto percentual na passagem de dezembro para janeiro, ficando em 11,64% ao ano. A comparação feita pelo Tesouro Nacional considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período.

Em relação à dívida pública federal total, o custo médio caiu 0,06 ponto, passando de 11,84% ao ano em dezembro para 11,78% ano no mês passado. Já o custo médio das emissões da DPMFi em oferta pública caiu em 0,09 ponto percentual, passando de 12,05% ao ano para 11,96% em janeiro.

O custo médio das emissões da Letras do Tesouro Nacional (LTN) foi de 11,89% ao ano em janeiro (12,08% em dezembro). Já o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) fechou o mês em 13,52% (13,27% em dezembro). As LFTs saíram a 11% (10,9% em dezembro) e as NTN-F tiveram custo de 12,58% (12,81% em dezembro).

Exposição cambial

A exposição da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) às variações na taxa de câmbio apresentou alta ao passar de 13,64% em dezembro para 14,83% em janeiro, maior percentual desde junho de 2004 (15,795). Em valores, essa dívida soma R$ 317,13 bilhões, maior cifra da série histórica iniciada em dezembro de 1999.

O aumento dessa dívida tem relação com os leilões de swap cambial que o Banco Central (BC) fez ao longo do mês para controlar a volatilidade da taxa de câmbio. Desde o fim de agosto de 2103 o BC faz operações diárias no mercado, além de rolar os contratos vincendos, mas nem sempre de forma integral.

O swap cambial é uma operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro. O estoque dessas operações já passa dos US$ 110 bilhões e os leilões diários seguem até, pelo menos, o fim do primeiro trimestre do ano.