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IPCA-15 tem alta de 0,51% em abril e avança 9,34% em 12 meses

20/04/2016 09h50

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA- 15) acelerou entre março e abril, de 0,43% para 0,51%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril de 2015, contudo, estava em 1,07%.

Nos primeiros quatro meses do ano, a inflação acumulada corresponde a 3,32%, abaixo dos 4,61% apurados em igual período de 2015.

Em 12 meses, o IPCA-15 subiu 9,34%, inferior à taxa registrada nos 12 meses imediatamente anteriores, de 9,95%. Mesmo com a desaceleração, a taxa está bem acima do teto do intervalo da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%.

O IPCA -15 de abril ficou acima da estimativa média de 0,48% apurada pelo Valor Data, mas dentro do intervalo das projeções, que ia de 0,42% até 0,57%. Para o acumulado em 12 meses, os analistas esperavam alta de 9,32%.

O indicador é uma prévia do IPCA , que baliza o sistema de metas de inflação. O que muda entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.

Ao detalhar o cenário da inflação em abril, o IBGE informou que, no IPCA -15, o principal impacto individual, de 0,09 ponto percentual, ficou com frutas, com alta de 8,52%. Isso levou o grupo Alimentação e bebidas, com aumento de 1,35% no mês, a responder por 67% do total do indicador em abril. Em março, a inflação dos alimentos foi de 0,77%.

Além das frutas, outros alimentos ficaram mais caros de um mês para o outro, sobretudo o açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite (5,76%), hortaliças (5,02%), batata-inglesa (4,80%) e feijão-carioca (4,19%). Por outro lado, ficaram mais baratos o tomate (-8,63%) e a cebola (-3,35%).

Das nove classes de despesa pesquisadas, o IBGE detalhou que, além de alimentação, mais duas mostraram aceleração de preços de março para abril - Vestuário (de 0,44% para 0,49%) e Saúde e cuidados pessoais (de 0,70% para 1,32%).

Além disso, o IBGE apurou enfraquecimento de deflação em Habitação (-0,52% para -0,41%) no mesmo período, por causa da energia elétrica, que caiu 2,86% e foi o maior impacto de baixa (0,11 ponto) no IPCA-15.

As outras classes de despesa mostraram desaceleração - Artigos de residência (0,88% para 0,28%), Transportes (0,45% para 0,18%), Despesas pessoais (0,70% para 0,36%) e Educação (0,67% para 0,15%). Em Comunicação, houve um aprofundamento no ritmo de queda, de 0,51% para 0,96%.
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