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ONS prevê aumento do consumo de energia em janeiro

02/01/2017 13h35

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um crescimento de 3,7% no consumo de energia em janeiro de 2017, de 67.845 megawatts (MW) médios, em relação a igual período do ano passado. De acordo com relatório do órgão sobre o assunto, o maior aumento deverá ocorrer no subsistema do Nordeste, de 9,4%, para 10.926 MW médios.

Com relação ao Sudeste/Centro-Oeste, maior subsistema do país, a expectativa é de crescimento de 3,5%, para 39.428 MW médios, na mesma comparação. Com relação ao Norte, a expectativa é de aumento de 3,2%, totalizando 5.541 MW médios. Já, para o Sul, a estimativa é de queda do consumo, de 0,1%, para 11.950 MW médios.

Embora o relatório do ONS não indique os motivos para a previsão do forte aumento do consumo em janeiro, tudo indica que a variação seja impulsionada principalmente pela elevação das temperaturas no período. Isso porque a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) não tem enxergado, em seus boletins mais recentes, aumento de consumo de energia provocado por uma possível melhora da atividade econômica.

Em relatório sobre o mês de novembro de 2016, divulgado na semana passado e o mais recente disponível até o momento, a estatal de estudos energéticos destacou o declínio de 1,2% do consumo no país ante igual período de 2015. No documento, destacou a queda da demanda principalmente da classe comercial (-5%), "em função das temperaturas mais amenas [naquele mês] e do cenário econômico enfraquecido que se mantém".

Em entrevista recente, o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, contou que não prevê problemas no fornecimento de energia durante o horário de pico de demanda neste verão (que ocorre entre 14h e 16h, por causa das elevadas temperaturas), devido ao consumo menor do país, fruto do desaquecimento da economia.

Com relação à expectativa de chuvas, o operador espera um volume de 72% da média histórica para janeiro, no Sudeste/Centro-Oeste. Segundo o órgão, devem ocorrer chuvas nas bacias dos rios Paranapanema, Tietê e Grande, que influenciam o subsistema. Com isso, os reservatórios das hidrelétricas da região, que hoje marcam 33,8% de armazenamento, deverão chegar ao fim do mês com 36% de estoque, contra 44,4% observados em 31 de janeiro de 2016.

O Nordeste continua sendo motivo de preocupação. O ONS espera um volume de chuvas de apenas 41%, em relação à média histórica para janeiro na região. Com isso, o operador espera que os lagos das usinas da região fechem o primeiro mês do ano com 21% de estoque, contra 17,6% registrados em igual período de 2016. Os lagos das hidrelétricas nordestinas hoje estão com 16,3% de armazenamento.

Sobre o Norte, o ONS prevê um volume de chuvas em janeiro de 63% da média histórica para o período. Dessa forma, os reservatórios da região, que hoje estão com 18,8% de armazenamento, deverão fechar o mês com 26,8% de estoque. Em 31 de janeiro de 2016, as hidrelétricas do Norte marcavam 30,3% de armazenamento.

Já com relação ao Sul, o órgão prevê um volume de chuvas 15% acima da média histórica para janeiro na região. Assim, o operador espera que os reservatórios das usinas do Norte cheguem ao fim deste mês com 60% de armazenamento. Em 31 de janeiro do ano passado, porém, os reservatórios das usinas da região marcavam 93,1% de estoque. Atualmente, os lagos das hidrelétricas do Norte estão com 59%.