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Use sensibilidade para se destacar na percepção dos clientes

Marco Roza

Colunista do UOL

13/05/2015 06h00

Na poluição ruidosa das cidades em que vivemos, sempre registramos um músico de rua ou um piano dedilhado com eficiência numa das estações de Metrô ou de trem.

Porque mesmo nesse burburinho amplo, geral e irrestrito carregamos, ainda, nossa alma exposta, ávida por se confirmar de alguma maneira humana. Sensível a qualquer interface emocional.

Mas quando buscamos um produto ou serviço, muitas vezes seduzidos por belos anúncios, somos surpreendidos pela indiferença padronizada, frisada por sorrisos amarelos.

É nesse ambiente que podemos destacar nosso empreendimento se soubermos investir, continuadamente, na emoção que vinculará nossos produtos e serviços com as almas expostas de nossa clientela.

Interagir com a alma da clientela é aprender a dançar com cada um (ou uma) deles ou delas, ajustando nosso bailado à música não tocada, mas presente, que ajuda a amadurecer e a confirmar cada decisão de compra.

Mais: é importante que tanto o dono do empreendimento quanto seus colaboradores  estejam dispostos a emocionar individualmente seus consumidores, em cada um dos relacionamentos. Comportamento extremamente cansativo, mas muito mais em conta e com retorno garantido.

Atitude praticamente impossível de se ensinar através de treinamentos. Porque a principal exigência é se gostar de gente, se empenhar em resolver seus problemas e acreditar, sinceramente, que os produtos e serviços de sua loja ou empresa fazem parte da solução.

Qualquer descuido transforma as boas intenções em ruídos. E perde-se o contato com as almas expostas. Eis alguns exemplos: apresentar bons produtos com indiferença; ou simular um bom atendimento, sem prestar atenção às motivações que levaram o consumidor até seu estabelecimento.

Quando avaliamos o atendimento através da internet é muito comum que empresas não respondam aos e-mails de dúvidas enviados pelos potenciais clientes; ou que não retornem respostas às reclamações.

Ou seja, abrem mão de uma oportunidade única de interagir humana e emocionalmente com seus clientes. Nos momentos decisivos para gerar lembranças da marca, do produto ou dos serviços.

E se destacar na percepção da clientela, como as músicas que nos envolvem e nos emocionam ao se sobrepor ao ruído urbano.