Chuvas no Rio Grande do Sul trazem prejuízo a 4 mil produtores de tabaco
As chuvas que atingem o Sul do país desde o final de semana têm causado estragos nas plantações de tabaco do centro do Rio Grande do Sul.
Segundo a Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), 3.469 famílias reportaram perdas, número que segundo o gerente técnico da entidade, Iraldo Backes, deve chegar a 4.000 nos próximos dias.
De 108 mil associados da Afubra, mais da metade fica no Estado do Rio Grande do Sul, que foi um dos mais afetados pelas chuvas. Na capital Porto Alegre, o volume de chuvas atingiu 112 milímetros somente na segunda-feira (11) até a tarde, o que supera a média esperada para todo o mês de novembro, de 92,4 mm, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Além dos prejuízos na zona rural, as chuvas fizeram com que ao menos 1.380 pessoas deixassem suas casas no Estado, segundo a Defesa Civil.
De acordo com a Afubra, as regiões com o maior número de produtores de tabaco afetados foram Santa Cruz do Sul, com 1.846 famílias; Venâncio Aires, com 800 produtores e Sobradinho, com 457. "Como a região de Sobradinho é mais alta e o plantio é feito mais tarde, ainda há tempo de recuperação das plantas", afirma Backes.
A entidade enviou técnicos a campo para avaliar o tamanho do estrago nas plantações dos associados que apresentaram queixas. Ainda não totalmente contabilizado, o prejuízo atinge mais produtores do que a estimativa inicial da associação, de 3.000 famílias. Com base nas informações obtidas em campo, a entidade vai pagar aos produtores o valor de R$ 9,6 por kg perdido.
O preço do tabaco para a próxima safra só deve ser fixado em janeiro. Atualmente, é de R$ 8,48 por quilo, mas a estimativa é que o valor aumente por conta das chuvas.
De acordo com a Emater (Empresa Brasileira de Extensão Rural), o norte gaúcho, onde se concentra a produção de grãos do Estado, não apresentou prejuízos e deve mesmo se beneficiar com as chuvas.
Já na região serrana do nordeste do Estado, chuvas de granizo afetaram plantações de uva, pêssego e azeitona. A entidade não observou problemas na região da Campanha, ao sul, próximo à fronteira com o Uruguai.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.