Alagoas é colocado em estado de emergência por causa de lagarta comilona
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) decretou estado de emergência fitossanitária (medida sanitária para preservação ou defesa dos vegetais) em Alagoas, por conta do risco de surto da lagarta Helicoverpa armigera.
A declaração foi publicada nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial da União. “Ela é importante porque vai possibilitar o aporte de recurso para o combate da praga”, afirma o coordenador geral de Proteção de Plantas do Mapa, Carlos Artur Franz.
A Helicoverpa se alimenta de várias culturas e vem causando estrago em diversas regiões do país, principalmente em lavouras de algodão, soja e milho. Segundo o ministério, em Alagoas também estão sendo atacados os cultivos de feijão-de-corda, quiabo, amendoim e pimentão.
No oeste da Bahia, são estimados R$ 2 bilhões em prejuízos apenas em plantações de algodão. Em Mato Grosso, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) calcula que a lagarta provocou perdas de R$ 1 bilhão na produção estadual de soja.
Com a declaração de emergência, que tem duração de um ano, os produtores de Alagoas poderão adotar medidas como a importação de agrotóxicos contra a lagarta ainda não liberados no país.
O estado de emergência fitossanitário contra a praga já foi decretado em áreas da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.
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