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Tem medo de fazer coisas novas por se achar meia-boca? Saiba mudar isso

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Imagem: Thinkstock

Daniela do Lago

17/03/2017 04h00

Sou aparentemente confiante, mas, por dentro, não tenho certeza nem se chego a ser medíocre. O medo do fracasso chega a ser quase uma aflição universal. Eu, por exemplo, revelo minhas inseguranças a poucos amigos.

Uma questão latente na cabeça de muitos profissionais é: será que consigo mesmo fazer isso?

Pode servir de consolo saber que não estamos sozinhos com nossas incertezas. No entanto, mesmo sabendo que muitos compartilham tais temores e que diversas pessoas são e estão igualmente perdidas, repletas de dúvidas sob uma carapaça de autoconfiança, ainda precisamos compreender por que a ansiedade quanto a mudanças de carreira assombra uma parte tão grande de nossas vidas.

Por que não podemos simplesmente afastar esse medo, pedir demissão e buscar de um novo trabalho?

A ciência explica

Fui buscar essa resposta em uma pesquisa, que, apesar de ter sido feita na década de 1970, tem resultados ainda atuais. Os pesquisadores fizeram uma série de experimentos para estudar como avaliamos perdas e ganhos potenciais. Descobriram que odiamos perder duas vezes mais do que adoramos ganhar, seja numa mesa de jogos, seja diante de uma mudança de carreira.

As pessoas são mais sensíveis aos estímulos negativos que aos positivos. Existem algumas coisas que nos fazem sentir melhor, mas o número de outras que nos deixam piores é incontestável.

Portanto, diante de uma mudança de carreira ou profissão, somos psicologicamente predispostos a maximizar tudo o que pode dar errado. Da mesma forma, ao pensarmos sobre as chances de um novo emprego nos atender, a tendência é destacar nossas deficiências pessoais mais que nossos pontos fortes.

Cautela exagerada

É mais comum ver profissionais excelentes dizendo num tom mais alto "não tenho a mente financeira necessária para tocar uma empresa" do que "sou ótimo para produzir ideias criativas". O resultado: tendemos a ser extremamente cautelosos e a continuar em empregos que –ao menos em termos de realização– já passaram há muito tempo de seu prazo de validade.

"Sem autoconfiança somos como bebês no berço", disse a escritora Virginia Woolf. Ela está certa. A questão é como nos livrar de nossos temores, superar nossa aversão ao risco e descobrir a coragem de que precisamos para mudar.

Como mudar?

Um caminho infalível para desenvolver a autoconfiança é seguir pela estrada árdua e certeira da educação. Devem existir outros caminhos diferentes por aí, mas com certeza um antídoto para a insegurança é a educação. Estudem! Estudem e estudem!

O estudo a que me refiro não é só acadêmico --esse, sim, é de vital importância para sua carreira--, mas também qualquer tipo de leitura, pesquisa, curso ou forma de aprendizado.

Verifique quanto tempo você fica online, seja lendo as notícias, assistindo a vídeos, pesquisando algo, lendo sobre seu time de futebol e até fofocas de artistas. Isso é legal e necessário para momentos de descompressão, mas que tal focar sua atenção também em algo que lhe traga real aprendizado e tire você da mediocridade?

Qual foi o último curso de que participou? Qual o último livro que leu? Como está sua formação acadêmica? Que tal pesquisar mais sobre seu próximo passo de estudo? Verifique o local da escola, os valores dos cursos, as datas das próximas turmas e dê esse passo por você. Esse será o melhor investimento tanto para sua carreira, quanto para fortalecer sua autoconfiança.

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