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Você sabe se é rico ou pobre? Descubra se pertence à classe A, B ou C

César Esperandio

25/09/2020 04h00Atualizada em 25/09/2020 17h17

Você sabe qual é sua classe social? Se está na classe A, B ou C? Será que isso tem a ver com seu salário, onde sua família mora ou com seu grau de escolaridade?

Eu sou César Esperandio, economista do Econoweek, a tradução da economia. Nesse artigo, e no vídeo acima, vou traduzir quais são as classes sociais no Brasil, dos mais ricos aos mais pobres, e mostrar como é simples saber em qual você se encaixa.

Uma das definições mais simples de classes sociais é a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que elenca dos mais ricos aos mais pobres de acordo com a renda mensal de todos que moram na mesma casa.

Classe A, B ou C?

Funciona assim: se a soma de todos os rendimentos da sua família ou de quem mora com você, incluindo salário, aluguel e qualquer outra fonte de renda, for de até dois salários mínimos, você pertence à classe E.

Como o salário mínimo atual é de R$ 1.045, pertence à classe E todo mundo cuja soma de todos os rendimentos da família for de até R$ 2.090.

Na classe D, estão as famílias que têm rendimentos entre dois e quatro salários mínimos. O que significa dizer que, se você e o pessoal da sua casa ganham juntos entre R$ 2.090,01 e R$ 4.180, pertencem à classe D.

Na classe C, estão as famílias com rendimentos entre quatro e dez salários mínimos. Ou seja, com rendimentos acima de R$ 4.180, mas até R$ 10.450.

As famílias de classe B são as que tem rendimentos entre dez e 20 salários mínimos, que ganham entre R$ 10.450,01 e R$ 20.900.

E os mais ricos do Brasil, que estão na classe A, são as famílias que têm renda somada de todo mundo da casa acima de R$ 20.900, acima de 20 salários mínimos.

Do mais pobre ao mais rico

Há ainda outras classificações para as classes no Brasil. Uma metodologia similar é da FGV.

Segundo essa classificação, em 2018, 14% dos brasileiros pertenciam às classe A ou B, os mais ricos da população, enquanto mais da metade pertencia à classe C, e quase um terço dos brasileiros estava nas classes D ou E.

Há ainda outro tipo de classificação, que é chamada de sistema de pontos, em que você responde a um questionário falando quantos banheiros há na sua casa, se tem carro ou moto, micro-ondas, grau de escolaridade, se há asfalto e água encanada na sua rua, e ao somar os pontos, saberá em qual classe social está enquadrado. Mas não vou falar disso hoje.

E daí?

A verdade é que essa divisão em classes, do mais rico ao mais pobre, é só uma simplificação da realidade do Brasil, que continua sendo um país muito desigual.

Não preciso dizer que, normalmente, as pessoas mais ricas têm acesso à educação de mais qualidade, a mais facilidades na vida, e isso tende a mantê-la ricas. Enquanto os mais pobres têm dificuldade de sair da pobreza.

Embora a solução não seja fácil e o Brasil tenha muita coisa a resolver para dar mais condições de a gente conseguir evoluir e ganhar mais, no que cabe apenas a cada um de nós o jeito é se dedicar, estudar, economizar e investir para alcançar nossos sonhos e objetivos.

Se eu pudesse dar alguns conselhos, seriam esses: financeiramente falando, invista sempre, consistentemente, e seja focado.

Apesar de ser polêmico o que vou falar agora, eu diria que o foco para a maioria das pessoas não deveria ser se tornar um investidor profissional. Até porque há muito influenciador vendendo ilusão de que é rápido e fácil ganhar dinheiro na Bolsa.

Já mostrei dados que evidenciam que apenas 0,1% dos investidores que fizeram day-trade conseguiu lucrar mais de R$ 100 por dia. A imensa maioria perdeu dinheiro ou desistiu.

Eu focaria em ganhar mais dinheiro fazendo aquilo em que sou bom, que as pessoas elogiam. Fique atento aos pequenos sinais que a vida e as pessoas ao redor te dão para focar em algo em que possa se destacar, sem esquecer que um dos principais sinais é a satisfação em realizar determinada tarefa.

E, conforme a renda vai aumentando, nunca aumente os gastos na mesma proporção, para sempre usufruir do aumento de salário, mas também fazer seus investimentos crescerem. E, assim, conseguir aumentar seu patrimônio, que é um dos critérios de enquadramento em classes sociais mais altas, dependendo da metodologia.

Você já deixou seu comentário falando de em qual faixa se encaixa? Agora, deixe sua contribuição de toda essa discussão de o que pode ser feito para conseguirmos ganhar mais e gerir melhor nosso dinheiro e termos uma vida cada mais vez mais confortável. E o que você acha que o governo poderia fazer para ajudar.

Eu apenas quis levantar essa discussão e não pretendo esgotar o tema. Afinal, ele é muito complexo e os comentários de vocês serão interessantes para sabermos o que cada um pensa desse assunto.

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