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Já tem banco apostando que ação da Sabesp bate R$ 100 com privatização
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O braço de análise do JPMorgan projetou, em maio, que a ação da Sabesp (SBSP3) pode bater R$ 100 em caso de privatização - bem acima do valor do fechamento na última sexta (R$ 55,76).
A venda da estatal tem um componente altamente político. O entorno do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vê a privatização como um contraponto à política econômica do governo Lula, contrária à venda de estatais. É uma vitrine para diferenciar os dois campos políticos em 2026, quem quer que seja o candidato da oposição ao PT.
O cronograma prevê a conclusão da operação em meados de 2024. O governo de SP contratou o International Finance Corporation (IFC) para realizar os estudos de viabilidade e, somente após a conclusão destes, a modelagem a ser adotada será definida.
No cenário sem privatização, os analistas do JPMorgan mantêm o preço-alvo para a estatal paulista (de R$ 55 para 57). O racional do banco é que a Sabesp ainda apresenta um desconto significativo em relação às empresas de distribuição/integração brasileiras, e a assimetria de risco com a privatização parece favorável o suficiente para o viés de alta.
PARA PRESTAR ATENÇÃO: o otimismo do JPMorgan é alimentado pela perspectiva de um plano de demissão incentivada (PDI), a ser executado em 3º trimestre de 2023. O escopo anunciado é de 1.850 funcionários deixando a empresa, resultando em economia anual de R$ 480 milhões por ano após junho de 2024. Hoje, o governo trabalha com o número de 2.000 aderindo ao programa, segundo a Secretaria de Infraestrutura de SP.
TAMBÉM É IMPORTANTE:
- A CPI das Americanas começou a mirar nas empresas de auditoria, que ainda não deram informações desde a eclosão do escândalo na varejista. O deputado Thiago de Joaldo (PP-SE) apresentou um requerimento para convocar representantes da KPMG e da PwC para prestar depoimento sobre como o rombo bilionário passou despercebido nos relatórios dos auditores nos últimos anos. Requerimento ainda está pendente de votação.
- Há uma convergência no mercado que a meta de inflação seja mantida nos atuais 3% (com 1,5 pontos percentuais de tolerância para cima e para baixo) na reunião do Conselho Monetário Nacional na próxima quinta-feira (29). A flexibilização viria no horizonte de cumprimento. A proposta defendida por Haddad é que o atual sistema de contagem por ano-calendário seja substituído por uma meta contínua.
- A meta-contínua não é nenhum cavalo-de-pau. Recomendada pelo FMI, já vinha sendo discutida desde a gestão do Ilan Goldfajn (governo Temer).
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