Banco estatal de Brasília assume o Banco Master
Conhecido por oferecer um título de CDB extremamente agressivo, com um dos maiores rendimentos do mercado, o Banco Master acaba de ter o seu controle adquirido pelo BRB, o banco estatal de Brasília.
O BRB adquiriu 100% das ações preferenciais e 49% das ordinárias, passando a deter 58% do capital total do banco de Daniel Vocaro. Vocaro segue, portanto, com a maioria das ações votantes (ordinárias), mas irá para o Conselho, deixando a presidência executiva.
Além do CDB agressivo, o Master ficou conhecido por patrocinar, juntamente com outras empresas com ações em tramitação nos tribunais superiores, eventos jurídicos sobre o Brasil no exterior. No palco dos eventos, estavam ministros do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça, além de autoridades do governo Lula.
O Master saiu de uma carteira de R$ 2,5 bilhões em depósitos de CDB em 2019 para mais de R$ 40 bilhões com a oferta de um retorno de 140% do CDI para o título. O valor representa cerca de 40% da liquidez total do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - entidade privada criada para proteger investidores e a solidez de todo o sistema. O FGC funciona como uma rede de segurança, garantindo devolução de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ de valores investidos em caso de falência, liquidação ou intervenção de instituições financeiras.
O fundo é mantido pelas instituições financeiras, que depositam mensalmente 0,01% de todo o dinheiro aplicado por seus investidores.
O Master vinha tentando aumentar o valor da garantia do FGC para R$ 1 milhão, mas enfrentava resistência dos demais bancos.
Antes da solução de estatizar o Master via BRB, Vocaro chegou a negociar com o BTG. A operação, contudo, passava pelo acionamento do FGC - mas o negócio não foi adiante por conta da oposição do Itaú, que não concordou com o uso do FGC.
Reportagem
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1 comentário
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Endrigo Ferreira da Silva
O banco Master é muito nebuloso