Mariana Londres

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Depois de Sabesp, veja quais serão as próximas parcerias privadas em SP

Com a conclusão da privatização da Sabesp, o governo de São Paulo se prepara para as próximas parcerias com a iniciativa privada, ao mesmo tempo em que mantém a atuação na gestão de água e esgoto no novo modelo da Sabesp desestatizada. Veja quais devem ser os próximos projetos privatizados, segundo apurei:

  • Concessões das rodovias Nova Raposo e da Rota Sorocabana
    As próximas privatizações que devem sair do papel são as concessões das rodovias Nova Raposo e da Rota Sorocabana. Trata-se de renovação de concessões que iriam vencer e que estão sendo remodeladas com novos trechos (hoje do DER), além de seguirem a nova lógica do modelo free flow, com cobrança sem pedágio e por trecho percorrido. No longo prazo, o objetivo é que 100% das rodovias pedagiadas em São Paulo usem o free flow.
  • Sistema para segurança hídrica na região de Campinas
    No próximo mês, o governo deve assinar a ordem de serviço para a retomada das obras em duas barragens em Amparo (SP), de Pedreira (SP) e Duas Pontes (SP). Além das barragens, há a preocupação com o sistema adutor do do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), e para ele o governo está desenhando um novo modelo de PPP (Parceria Pública Privada). Eu conversei com a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, e ela me explicou o modelo de parceria que o governo pretende lançar e que pode ser replicado depois em outros locais:

    "O que vai resolver a questão da água na região no médio e longo prazo é o sistema adutor e a gestão hídrica. Estamos estudando com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para operação tanto das barragens como do sistema adutor. Vai ter interface com os municípios, cobrança pelo uso da água. Uma PPP que precisamos pensar mais no Brasil, de segurança hídrica, de produção de água. Isso ainda não tem no Brasil."
  • Túnel Santos-Guarujá
    Outro projeto que pode ser acelerado é do túnel Santos-Guarujá que é complexo. Segundo o governo Tarcísio, o desenho está bem consolidado, mas depende do avanço das discussões com o governo federal por estar em área portuária.
  • Universalização de água e esgoto
    No pós-privatização da Sabesp, o governo do estado, que passou a ter 18% da companhia, inaugurou há cerca de um mês uma nova fase: a de monitoramento e controle da nova gestão. São três os objetivos: (1) redução da tarifa; (2) universalização (aumento do número de habitantes com acesso à água e esgoto); (3) reestruturação das agências reguladoras.
    Dentro do governo Tarcísio, a privatização da Sabesp é vista como um legado em função do desenho. O contrato foi elaborado para incentivar investimentos, acelerar a universalização, sem pressionar a tarifa.
    Outro ponto considerado crucial é a lógica regionalizada que foi criada, com os municípios agrupados em unidades de regionalização. Seguindo o raciocínio do modelo de privatização da Sabesp, o saneamento tem que ser visto de forma integrada, e não isolada. Este modelo pode ser replicado em outras regiões do país.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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