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Ações da Vale despencam e atingem pior nível desde setembro de 2009

Do UOL, em São Paulo

24/06/2013 11h47Atualizada em 24/06/2013 16h14

As ações da Vale (VALE5) chegaram a perder mais de 5% nesta segunda-feira (24), no menor nível desde setembro de 2009. Segundo analistas, as preocupações com a economia chinesa fazem os papéis da empresa brasileira se desvalorizarem.

Por volta das 16h15, a ação preferencial da Vale caía 4,75%, a R$ 27,10, sendo a principal influência negativa para a queda do Ibovespa. Desde que as ações da Vale atingiram seu marco histórico de valorização, em maio de 2008, esses papéis vêm perdendo continuamente seu valor. A Petrobras enfrenta o mesmo problema.

A China é a maior importadora do minério produzido pela Vale. O país está em uma situação financeira delicada, com medidas do banco central chinês para reduzir empréstimos a outros bancos, deixando os investidores preocupados. Uma crise econômica lá faria com que se reduzissem suas importações em geral, incluindo o minério da Vale.

Crise de crédito nos bancos da China afetam Vale

Os preços dos contratos futuros de negociação de aço fecharam em queda nesta segunda na China, porque os investidores estão preocupados com o crescimento do país.

Além disso, as turbulências no mercado financeiro chinês podem afetar os setores de mineração e siderurgia.

O banco central da China é reconhecido pelos investidores como uma fonte de empréstimos baratos para financiar o sistema bancário desregulado do país. Os bancos podiam contar com injeções de dinheiro sempre que necessário, para cobrir suas operações arriscadas.

Na semana passada, no entanto, o banco central recusou esse financiamento aos bancos. Durante cinco dias, o BC não fez nenhuma das intervenções que eram esperadas no mercado. Como resultado, os bancos suspenderam os empréstimos entre si, o que provocou uma forte queda nas ações.

O Banco Popular da China afirmou que os bancos comerciais precisam desempenhar melhor a tarefa de administrar o dinheiro.

Diante deste cenário de incerteza sobre o crédito, as siderúrgicas podem se apressar para vender seus estoques de produtos de aço, e as usinas podem racionar a compra de minério de ferro.

Valor de mercado da Vale é menor do que patrimônio líquido da empresa

Reportagem  publicada na segunda-feira (17) pelo jornal "Valor Econômico" mostra que o valor de mercado da mineradora (US$ 151,47 bilhões) está abaixo de seu patrimônio líquido (US$ 156,52 bilhões -dados de 31 de março, os últimos disponíveis).

Ou seja, o patrimônio líquido está US$ 5,05 bilhões mais alto que o valor de mercado. O normal  e o desejável é que o valor de mercado seja maior. As ações é que mostram o valor de mercado de uma empresa: multiplica-se o preço de cada ação pelo total de papéis em circulação. O resultado é o valor de mercado.

O patrimônio líquido é o total investido pelos sócios (os bens da empresa) menos as dívidas. É o que sobraria aos acionistas se a empresa fosse fechada.

(Com agências)