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Após Datafolha, dólar tem 6ª alta, rompe os R$ 3,50 e é o maior desde 2003

Do UOL, em São Paulo

06/08/2015 17h06Atualizada em 06/08/2015 17h19

O dólar comercial fechou em alta pelo sexto dia seguido nesta quinta-feira (6), avançando 1,39%, para R$ 3,537 na venda.

Trata-se da maior cotação desde 5 de março de 2003, quando a moeda fechou a R$ 3,555.

A alta ocorre em meio à crise política do governo Dilma. Pesquisa Datafolha mostrou que ela é a presidente com pior avaliação, com 71% de ruim/péssimo, superando Fernando Collor às vésperas do impeachment, em 1992.

    Reprovação a Dilma cresce e preocupa investidores

    O Datafolha divulgou nesta quinta uma pesquisa mostrando que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 71% de reprovação, superando as piores taxas de Fernando Collor (1990-92) no cargo às vésperas de sofrer um impeachment.

    Além disso, dois terços dos entrevistados acham que o Congresso deveria abrir um processo para tirar a presidente do cargo.

    Nenhum dos operadores consultados pela agência de ntoícias Reuters nesta manhã trabalha com o cenário de impeachment como base, mas o mercado já embute alguma chance de isso se concretizar, segundo eles.

    Taxa de juros nos EUA ainda no radar

    A perspectiva de que os juros norte-americanos podem subir no mês que vem também tem contribuído para elevar o dólar no mercado internacional. 

    Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados nos mercados locais.

    Por isso, operadores aguardavam a divulgação da geração de vagas no mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira, para calibrar suas apostas sobre a política monetária da maior economia do mundo.

    Atuação do BC no mercado de câmbio

    O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 6.000 contratos.

    Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

    Se mantiver esse ritmo e fizer leilões até o penúltimo pregão do mês, como tem feito, o BC rolará 60% do lote total, fatia aproximadamente igual à rolagem dos contratos para agosto. 

    (Com Reuters)