Dólar tem 2º dia seguido de queda, mas fecha a semana em alta, a R$ 3,891
Em dia de sobe e desce, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (23) em queda de 0,43%, a R$ 3,891 na venda. É o segundo dia seguido de baixa. Na véspera, o dólar tinha caído 0,9%.
A moeda norte-americana, no entanto, encerra a semana com alta de 0,44%. No mês, acumula queda de 1,89% e no ano, valorização de 46,33%.
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Contexto nacional
Investidores continuavam preocupados com o cenário político e econômico brasileiro.
O governo deve enviar ao Congresso uma previsão de rombo de R$ 70 bilhões neste ano, afirmou uma fonte à agência de notícias Reuters. O anúncio era esperado para acontecer nesta sexta-feira, mas foi adiado para a próxima semana.
Dados divulgados nesta sexta mostraram que a arrecadação do governo em setembro foi a menor para o mês desde 2010.
Investidores temem que o rombo nas contas públicas possa levar o Brasil a perder seu selo de bom pagador com outras agências, além da Standard & Poor's. Isso poderia causar uma fuga de investimentos do país.
Rombo nas contas externas sobe 23,5% no mês
A diferença das transações de mercadorias e serviços do Brasil com os outros países ficou negativa em US$ 3,076 bilhões em setembro, segundo dados do Banco Central divulgados mais cedo.
O resultado negativo aumentou 23,5% na comparação com o registrado em agosto (US$ 2,49 bilhões).
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 8,193 bilhões, ou cerca de 80% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Contexto internacional
No cenário externo, o clima era de otimismo. O banco central da China cortou as taxas de juros pela sexta vez desde novembro, e reduziu mais uma vez o volume de dinheiro que os bancos precisam deter como reservas.
Segundo o economista da 4Cast Pedro Tuesta, além de favorecer mercados emergentes por si só, os cortes são evidência de fraqueza na China e podem levar o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) a manter os juros perto de zero por mais tempo.
Investidores especulam quando os juros irão subir nos EUA. Uma alta poderia atrair para lá recursos atualmente investidos em mercados como o Brasil.
(Com Reuters)
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