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Dólar cai quase 2% e fecha valendo R$ 3,737, de olho na crise política

Do UOL, em São Paulo

09/12/2015 17h14Atualizada em 09/12/2015 17h14

dólar comercial fechou esta quarta-feira (9) em queda de 1,92%, a R$ 3,737 na venda.

Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,36%.

No mês, a moeda norte-americana acumula queda de 3,85%. No ano, tem valorização de 40,56%.

Crise política no Brasil

O mercado continuava atento ao cenário político no Brasil. Segundo a agência de notícias Reuters, investidores receberam bem a derrota da chapa do governo na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O bom humor permaneceu mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin haver suspendido temporariamente a formação da comissão.

"O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso", disse o operador de uma corretora nacional à Reuters, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.

De acordo com a Reuters, o mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica.

No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

A queda do dólar também foi sustentada por forte entrada de investidores estrangeiros no mercado, no início da tarde.

A entrada de dólares no Brasil superou a saída em US$ 3,895 bilhões em novembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central. Nos dois meses anteriores, as saídas haviam sido maiores.

Atuações do BC

Pela manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos.

Até agora, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,828 bilhões, ou cerca de 36% do lote total, que corresponde a US$ 10,694 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)