Vale despenca mais de 11% e puxa queda de 1,36% da Bovespa
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira (22) em baixa de 1,36%, a 52.907,88 pontos.
Na semana, a Bovespa acumula baixa de 0,6%. Na quarta-feira (20), a Bolsa havia fechado em queda de 0,15%.
O tombo de hoje foi puxado, principalmente, pelo desempenho negativo da Vale, que despencou mais de 11%.
A Bovespa e o mercado de câmbio ficaram fechados na véspera devido ao feriado de Tiradentes. Na Bolsa dos EUA, no entanto, os ADRs (recibos de ações de outros países) de várias empresas nacionais caíram, com a Vale liderando o movimento.
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Vale tomba mais de 11%
As ações ordinárias da Vale (VALE3), com direito a voto em assembleia, despencaram 11,17%, a R$ 19,33. Foi a maior queda do Ibovespa.
As ações preferenciais da Vale (VALE5), com prioridade na distribuição de dividendos, tombaram 8,21%, a R$ 15,31. Foi a terceira maior queda do Ibovespa.
O movimento aconteceu em meio a ajustes após a queda dos ADRs nos EUA na véspera e ao recuo dos preços do minério de ferro à vista na China nesta sessão. Também no radar estavam dados de produção da companhia, divulgados na quarta-feira à noite.
Bancos tombam
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em baixa de 2,57%, a R$ 21,27.
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) tombaram 1,83%, a R$ 31,68, e as ações do Bradesco (BBDC4) caíram 2,11%, a R$ 25,55.
Na contramão, Petrobras sobe
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, subiram 2,85%, a R$ 9,75.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, avançaram 4,54%, a R$ 12,90.
Tim salta 8%; elétricas disparam
As ações da TIM (TIMP3) saltaram 8%, a R$ 8,10, em meio a novos rumores sobre a possibilidade de a sua controladora Telecom Italia vender sua fatia na operadora de telecomunicações brasileira.
A Cteep (TRPL4), que não está no Ibovespa, disparou 10,23% e fechou no maior patamar desde maio de 2012, em meio à notícia de que as indenizações bilionárias devidas pelo governo federal às companhias de transmissão de energia serão pagas a partir de 2017.
A Eletrobras (ELET3) avançou 9,86%.
Dólar sobe 1% e vale R$ 3,57
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1,07%, a R$ 3,57 na venda, com ação do Banco Central no mercado de câmbio e em dia de poucos negócios, devido ao feriado da véspera.
Na semana, acumulou valorização de 1,31%.
Cenário político
O noticiário corporativo também esteve sob os holofotes neste pregão, assim como a expectativa de novos desdobramentos no cenário político.
Uma vez que o impeachment da presidente Dilma Rousseff parece inevitável para muitos profissionais do mercado, as atenções estão voltadas para possíveis nomes que poderiam integrar um eventual governo de Michel Temer (PMDB) e as condições deste em implementar as reformas necessárias para o país.
Temer disse nesta sexta-feira que está sendo procurado por muitas pessoas, mas que está "apenas ouvindo", ao desconversar sobre encontros específicos.
Em Nova York, durante discurso na ONU, Dilma Rousseff se concentrou sobre assuntos envolvendo mudanças climáticas e meio-ambiente. Sobre o cenário político, citou apenas que o Brasil "vive grave momento".
Bolsas internacionais
A maioria das principais Bolsas de Valores da Europa fechou em queda:
- Inglaterra: -1,11%
- Alemanha: -0,6%
- França: -0,29%
- Itália: -0,25%
- Portugal: +0,27%
- Espanha: +0,39%
A maioria das principais Bolsas de Valores da Ásia e do Pacífico também caiu:
- Japão: +1,20%
- Hong Kong: -0,72%
- China: +0,23%
- Coreia do Sul: -0,33%
- Taiwan: -0,38%
- Cingapura: -0,69%
- Austrália: -0,69%
(Com Reuters)
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