Dólar fecha em alta, a R$ 3,232, de olho em impeachment e juros nos EUA
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (25) em alta de 0,27%, cotado a R$ 3,232 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,33%.
Apesar de subir no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 0,35% no mês e de 18,15% no ano.
A sessão foi influenciada pelo início do julgamento final do impeachment no Brasil e pela expectativa em torno do discurso da presidente do BC dos EUA, marcado para amanhã.
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Impeachment na reta final
Investidores acompanhavam o julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, que começou nesta quinta-feira no Senado. A votação que definirá se a presidente deixará o cargo definitivamente deve acontecer na madrugada da próxima quarta (31).
Grande parte dos investidores acredita que o impeachment será confirmado, o que pode servir de gatilho para trazer mais recursos do exterior para o Brasil.
Daqui em diante, segundo operadores, o foco estará nas relações entre o governo do presidente interino, Michel Temer. Disso depende a aprovação de medidas para tentar equilibrar as contas públicas. Temer tem enfrentado dificuldade para conseguir apoio de alguns parlamentares.
Atuação do BC
Nesta sessão, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Investidores querem saber se o governo vai tentar evitar quedas mais fortes do dólar. A moeda barata demais pode atrapalhar a recuperação econômica porque prejudica as exportações e impulsiona as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
Juros nos EUA
No exterior, investidores continuam à espera do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, previsto para esta sexta-feira (26).
Declarações recentes de membros do Fed vêm aumentando as apostas de que os juros nos EUA poderão subir novamente até o final do ano.
"Dá para resumir o mercado [nesta sessão] em duas palavras: Yellen e impeachment", disse à agência de notícias Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
(Com Reuters)
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