Dólar fecha em queda, a R$ 3,223, com preocupação política e juros nos EUA
Após começar o dia em alta, o dólar comercial mudou de sentido à tarde e fechou esta quarta-feira (24) em queda de 0,33%, cotado a R$ 3,223 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1%.
Com isso, o dólar acumula desvalorização de 0,62% no mês e de 18,37% no ano.
A sessão foi marcada por preocupações com as contas públicas no Brasil e com a possibilidade de alta dos juros nos EUA.
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Ajuste das contas públicas
Investidores continuam preocupados com as contas públicas. Na madrugada desta quarta-feira, o Congresso Nacional aprovou o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017, na versão proposta pelo presidente interino, Michel Temer.
Apesar da vitória, o governo Temer tem enfrentado dificuldades para conseguir apoio de parlamentares e aprovar medidas de ajuste das contas públicas, em especial o projeto que limita o crescimento das despesas federais.
"O governo sofre para aprovar matérias consideradas pouco polêmicas na Câmara e no Senado. Essa sinalização é péssima para quem tem grandes desafios pela frente", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.
A maioria dos investidores, no entanto, aposta que o governo vai endurecer sua postura caso o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, seja confirmado. A última etapa do julgamento no Senado está marcada para começar nesta quinta-feira (25).
Atuação do BC
Outro fator que tem levantado dúvidas no mercado é a postura do Banco Central no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC voltou a vender 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Investidores querem saber se o governo vai tentar evitar quedas mais fortes do dólar. A moeda barata demais pode atrapalhar a recuperação econômica porque prejudica as exportações e impulsiona as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
Juros nos EUA
No exterior, investidores continuavam à espera do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, previsto para sexta-feira (26).
O mercado aguarda novas pistas sobre a possibilidade de os juros subirem ou não neste ano nos EUA.
"O evento mais importante da semana é o discurso de Yellen na sexta-feira. Se não tivermos muitas surpresas até lá, o mercado vai evitar grandes movimentos", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
(Com Reuters)
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