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Bolsa fecha em nível recorde, após prisão de Joesley e fala de Palocci

Do UOL, em São Paulo

11/09/2017 17h19Atualizada em 11/09/2017 18h20

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (11) em alta de 1,7%, a 74.319,22 pontos, a maior pontuação da história da Bolsa e a primeira vez acima dos 74 mil pontos. O último recorde havia sido registrado em 20 de maio de 2008, quando o índice fechou aos 73.516,8 pontos.

Na última sexta-feira (8), a Bolsa terminou o dia em queda de 0,45%.

Segundo especialistas, os mercados estão otimistas com algumas notícias recentes no país --particularmente, com a prisão de Joesley Batista, dono da JBS, e com o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci da última semana.

Ações em destaque

A alta do dia foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da mineradora Vale, da Petrobras e dos bancos Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Os papéis da Eletrobras subiram 7% e tiveram a maior valorização do dia.

Dólar fecha em alta, a R$ 3,104

Após operar em queda na maior parte do dia, o dólar comercial virou e fechou em alta de 0,3%, cotado a R$ 3,104 na venda. Na última sexta-feira (8), a moeda norte-americana caiu 0,24%. O baixo valor do dólar atraiu compradores da moeda, e a maior procura puxou a cotação para cima.

O que explica o recorde da Bolsa?

Segundo especialistas, os mercados estão otimistas com algumas notícias: 

Queda dos juros: Banco Central baixou os juros para 8,25% ao ano. Analistas esperam que a taxa básica (Selic) caia para 7% até o fim do ano, favorecendo a retomada da atividade econômica.

Dados econômicos positivos: produção industrial de julho superou as estimativas do mercado, indicando que o crescimento da economia se mantém no terceiro trimestre.

Vitórias no Congresso: na última semana, o Congresso concluiu votações importantes para o governo: aprovou o aumento do rombo nas contas públicas deste ano e do próximo, para R$ 159 bilhões, e a criação da nova taxa de juros do BNDES, com menos subsídios da União. 

Reviravolta na delação da JBS e prisão de Joesley Batista: deve ser revista a delação da JBS, que serviu de base para a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer. Com isso, especialistas dizem que Temer sai fortalecido e tende a manter seu mandato. 

Reforma da Previdência: Para os analistas, o governo ganha força para levar adiante sua agenda de reformas --entre elas, a da Previdência.

Depoimento de Antonio Palocci e eleições de 2018: as afirmações do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afetam a imagem de Lula e podem influenciar o cenário eleitoral para 2018, favorecendo um candidato de continuidade.

Melhoras no exterior: no exterior, o furacão Irma perde força e pode se tornar uma tempestade tropical, e a Coreia do Norte não fez nenhum teste nuclear no final de semana, também favorecendo o clima mais tranquilo nesta segunda-feira.

(Com Reuters, Bloomberg e Valor)