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Bolsa cai 1,5% e tem maior queda em um mês; dólar fecha em alta, a R$ 3,331

Do UOL, em São Paulo

27/03/2018 17h32

dólar comercial fechou em alta de 0,84% nesta terça-feira (27), cotado a R$ 3,331 na venda. É o maior valor de fechamento desde 22 de dezembro (R$ 3,335). O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou baixa de 1,5%, a 83.808,06 pontos, na maior queda percentual diária desde 28 de fevereiro. Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,47%, e a Bolsa subiu 0,84%.

Entre os destaques da Bolsa, as ações da Sabesp tiveram perda de 8,62%, na maior queda do dia, após o governo de São Paulo propor aumento de 4,77% nas contas de água da companhia. Os papéis da Eletrobras caíram 3,92%, depois de a estatal registrar prejuízo de R$ 1,726 bilhão no ano passado.

Por outro lado, as ações da Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, subiram 5,1%, enquanto as do Grupo Pão de Açúcar avançaram 3,18%. As empresas estariam em conversas com a Amazon para uma possível parceria ou venda de negócios, segundo rumores no mercado.

O resultado também foi influenciado pelo desempenho negativo da mineradora Vale (-2,71%), da Petrobras (-2,68%), do Banco do Brasil (-2,48%), do Bradesco (-1,21%) e do Itaú Unibanco (-1,2%). Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Decisão do STF sobre Lula

Investidores estavam à espera da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no caso do tríplex do Guarujá. Caso a corte negue o recurso, o petista pode ter o mandado de prisão decretado

Lula lidera as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República e é considerado pelo mercado menos comprometido com as contas públicas.

Expulsão de diplomatas russos

No exterior, apesar do alívio em relação aos temores de uma guerra comercial, o mercado acompanhava com cautela o impasse diplomático envolvendo a Rússia. Nesta terça, foi a vez de a Austrália expulsar dois diplomatas russos em resposta a um ataque contra um ex-espião na Inglaterra, pelo qual o governo britânico responsabilizou Moscou.

(Com Reuters)