Dólar fecha quase estável, cotado a R$ 4,105, e Bolsa avança 2,17%
O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 4,105 na venda. Esse é o maior valor em oito meses, desde 19 de setembro, quando a moeda valia R$ 4,124, em meio às preocupações com a eleição presidencial.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou o dia em alta de 2,17%, a 91.946,19 pontos, após acumular perda de 4,52% na semana passada e atingir o menor nível no ano. O desempenho de hoje foi o maior ganho percentual diário da Bolsa em quase dois meses, desde 28 de março (+2,7%).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Braskem dispara 10%
As ações da Braskem dispararam 10,11%, na maior alta do dia do Ibovespa, influenciadas por notícias de que a petroquímica pode deixar suas operações em Maceió (AL) em seis meses.
Também fecharam em alta as ações do Banco do Brasil (3,84%), da Petrobras (3,4%), do Bradesco (2,72%) e do Itaú Unibanco (2,6%).
Por outro lado, as ações da mineradora Vale fecharam em queda (-2,03%). Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.
Mercado de olho na reforma da Previdência
O mercado buscava sinais de alguma melhora na articulação política do governo para aprovar a reforma da Previdência. Após deixar uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o relator da proposta na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que deve apresentar seu parecer até 15 de junho.
Ele também disse que o texto-base é o enviado pelo governo ao Congresso Nacional, e que a economia esperada ficará em torno de R$ 1 trilhão. As declarações foram dadas após o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), indicar que o relator poderia abandonar a proposta do governo e apresentar um relatório com um texto totalmente diferente do enviado ao Congresso.
A impressão de falta de apoio à reforma da Previdência devido aos atritos entre governo e Congresso tem deixado o mercado em alerta.
Governo tenta aprovar MPs
O governo também precisa correr contra o tempo para não deixar que dez medidas provisórias caduquem, o que teria desdobramentos negativos para o Executivo.
"As votações poderão ser vistas pelo mercado como sinal do apoio do Congresso à reforma", disseram analistas do Citi em nota a clientes.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento em julho. Em 13 operações, o BC rolou US$ 3,283 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
Além disso, o BC fez um leilão extra de até US$ 1,25 bilhão com compromisso de recompra. A medida, anunciada após a disparada do dólar na semana passada, deve ser repetida na terça e quarta-feira.
(Com Reuters)
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