Dólar emenda 9ª alta e vai a R$ 4,487, um novo recorde; Bolsa sobe 2,36%
O dólar comercial emendou hoje sua nona alta consecutiva, de 0,13%, e encerrou o dia a R$ 4,487 na venda. É o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento já alcançado pela moeda norte-americana.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também fechou a sessão em alta. Com a valorização de 2,36% registrada hoje, o indicador chegou aos 106.625,41 pontos. A alta vem após o Ibovespa fechar fevereiro com queda de mais de 8%.
Em 2020, o dólar já acumula valorização de 11,81% frente ao real. O Ibovespa, por sua vez, registra queda de 7,8% desde o início do ano.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Novo coronavírus ainda no radar
A epidemia de covid-19 segue no centro das atenções dos investidores. Nem as recentes indicações de que Estados Unidos e Japão devem voltar a agir para tentar amenizar os estragos econômicos causados pelo vírus conseguiram acalmar o mercado e segurar a alta do dólar.
Na última sexta (28), o presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, disse que o banco "agirá conforme apropriado" para apoiar a economia. Já o presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que tomará as medidas necessárias para estabilizar os mercados.
Ministros das Finanças dos países do G7 devem realizar uma teleconferência na terça-feira para debater medidas para lidar com o impacto econômico, disseram três fontes à agência de notícias Reuters, enquanto a OCDE alertou que o surto está encaminhando a economia mundial para sua maior retração desde a crise financeira global.
Recorde do dólar não considera inflação
O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,952, mas o valor atualizado ultrapassaria os R$ 7.
Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.
*Com Reuters
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