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Petróleo Brent e dos EUA fecham em queda de mais de 24%

Do UOL, em São Paulo

09/03/2020 08h49Atualizada em 09/03/2020 15h57

O preço do petróleo dos Estados Unidos (WTI) fechou em queda de 24,59% hoje, a US$ 31,13. O petróleo Brent fechou em baixa de 24,1%, a US$ 34,36.

O tombo nos preços da commodity (matéria-prima) derrubou as Bolsas do mundo inteiro. As Bolsas da Europa e da Ásia fecharam em forte queda. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencava mais de 10%.

Guerra de preços

Mais cedo, os preços do petróleo chegaram a cair mais de 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, que já está com sobreoferta devido aos efeitos do coronavírus sobre a demanda.

Os sauditas cortaram seus preços oficiais de venda e têm planos de elevar a produção de petróleo no próximo mês, depois que a Rússia recusou aderir a cortes adicionais de oferta propostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os mercados da commodity.

A maior queda diária do petróleo dos EUA foi em 1991, quando a cotação recuou em um terço.

"Esse ambiente de menor preço deve ter duração limitada, de alguns meses, a não ser que todo o impacto desse vírus sobre os mercados globais e a confiança do consumidor leve à próxima recessão", disse o vice-presidente de análise estratégica da ARM Energy, Keith Barnett, fazendo referência ao novo coronavírus.

Os preços do petróleo já estavam em queda neste ano por causa da disseminação do vírus. Com a paralisação de cidades inteiras nos países mais afetados, o consumo de combustível caiu, levando junto o preço do petróleo.

Opep x Rússia

A desintegração da Opep+, formada pela Opep, a Rússia e outros produtores, acaba com mais de três anos de cooperação entre os países para apoiar o mercado.

A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, pretende aumentar sua produção para acima de 10 milhões de barris por dia (bpd) em abril com o final do atual acordo para redução de oferta, que expira ao final de março, disseram duas fontes à Reuters no domingo.

Os sauditas têm produzido cerca de 9,7 milhões de barris por dia nos últimos meses.

(Com Reuters)

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